Fernando Limas é um dos principais prestadores de serviços de troca P2P (peer-to-peer) de criptoativos, e atualmente empreende na atividade de trocas de moedas digitais de pessoa para pessoa.
O empresário conheceu os criptoativos em meados de 2017, da pior maneira possível.
Ainda iniciante no mercado, “caiu” em um esquema de pirâmide financeira (Bitconect), mas felizmente os prejuízos foram pequenos.
Aquilo mudou a sua vida, e Fernando “caiu de cabeça” nos estudos.
Após o aprendizado, em 2018 o empresário passou a investir de forma consciente no mercado cripto, e assim passou a transacionar criptoativos de forma P2P.
Hoje, Fernando é especialista em trocas P2P, e possui diversos clientes fidelizados em sua empresa de negociações de trocas de criptoativos entre pessoas (P2P).
O “Hulk”, como é conhecido nas redes sociais, possui a empresa Limas Intermediações de Negócios e Consultoria EIRELI, e negocia diversos tipos de ativos digitais.
Fernando é muito bem conceituado no mercado P2P, possuindo 100% de avaliações positivas quanto aos seus serviços prestados.
Fernando Limas se disponibilizou a nos ajudar a desmistificar o serviço P2P que inspirou Satoshi Nakamoto a criar o Bitcoin.
A entrevista exclusiva com o Mestre das transações P2P você só lê aqui, no Portal Bitnotícias.
Mais do que um P2P, um bom profissional da área também é um consultor
Auxilia, instrui, e ajuda investidores iniciantes a entrarem neste meio de forma responsável
Fernando Limas
Fernando, o que é o serviço P2P ou Peer-to-Peer?
P2P é o modelo utilizado quando o cliente não quer utilizar as exchanges para a compra de criptoativos.
Este modelo permite à pessoa negociar diretamente com outra pessoa.
Com isso, cada pessoa recebe seu pagamento ou seus criptoativos com mais facilidade e rapidez.
Para aqueles que desejam trabalhar como P2P, é possível “viver” dos serviços ou eles são apenas um meio de complementação de renda?
É possível viver sim, mas é um mercado muito arriscado.
Praticamente todos os dias sofremos tentativas de golpes, triangulações (quando um golpista tenta te enviar dinheiro roubado de outras pessoas), além do risco fiscal e de operações.
Para ser possível viver de P2P, o profissional precisa ter um bom movimento e uma grande carteira de clientes.
É muito concorrido este meio de serviços P2P?
Temos muitos P2P qualificados no mercado.
Mas geralmente cria-se uma certa amizade, parceria e confiança entre clientes e prestadores de serviços P2P, e com isso há uma fidelização entre eles.
Satoshi Nakamoto criou o sistema Bitcoin almejando que as movimentações financeiras fossem P2P. Você acredita que este sistema foi corrompido ao entrarem as exchanges como terceirizados destas trocas?
Teoricamente sim, foi corrompido.
Mas as exchanges são necessárias para o mercado, assim como os P2Ps e OTCs (venda de balcão) que são quem realmente precificam os ativos nas exchanges.
E atualmente, também são eles quem promovem liquidez ao mercado cripto.
Algumas exchanges passaram a oferecer uma plataforma para abrigar os serviços P2P. Como você enxerga isso?
Tem que ter muito cuidado com este tipo de plataforma.
Quando você não tem um KYC (Know Your Client) bom, você fica vulnerável a golpes, lavagem de dinheiro e alguns outros crimes, por isso é necessário manter um controle muito bom de suas operações e clientes.
Acontece muito em plataformas P2Ps, onde você não tem acesso aos dados completos do comprador ou vendedor e com isso você pode estar sendo usado para tais golpes.
Por este motivo prefiro evitá-las.
Existe diferença entre as taxas cobradas pelas exchanges para as taxas cobradas pelos profissionais do P2P?
Sim, existe.
Geralmente quando um P2P passa a cotação do ativo, naquele valor já estão embutidas as taxas de rede, taxa do P2P, e assim o cliente recebe o valor naquela cotação líquida.
Diferente das corretoras que executam a ordem em um valor e é acrescida uma taxa.
Na ocasião do saque ou transferência do criptoativo também cobra-se taxa da blockchain, e algumas outras também cobram porcentagem do valor retirado e taxas de TED.
Existe diferença legislativa no que diz respeito à declaração de imposto de renda de quem transaciona criptoativos via P2P ou via exchange?
Eu oriento meus clientes sobre a declaração de imposto de renda, ou informe de acordo com a Instrução Normativa 1888.
Mas quase todos os P2Ps operam como pessoas jurídicas, por conta dos volumes transacionados.
Sendo assim, legalmente ele é enquadrado como uma exchange ou casa de câmbio, não necessariamente precisa ter uma plataforma para isso.
Quais medidas de segurança podem ser tomadas por usuários para se prevenirem quanto a golpes de possíveis criminosos que se passam por P2P?
Os clientes sempre devem se preocupar em consultar as referências do vendedor em sites como o CatálogoP2P.
Devem ficar atentos a grupos da comunidade no Facebook, grupos do Telegram, além de sempre confirmar o contato.
Respaldem-se que estejam negociando com o P2P verdadeiro
e não um possível Fake se passando por ele
Fernando Limas
E o inverso? Como os provedores de serviços P2P podem se respaldar de clientes com más intenções na negociação?
É aí que está a importância do KYC.
Quando o P2P trabalha sem isso, está totalmente vulnerável a golpes.
Prestadores de serviço devem realmente conhecer seu cliente, analisá-lo, para depois prosseguir com a negociação.
Caso não faça poderá estar recebendo dinheiro de golpistas, que é dinheiro sujo.
Sem o KYC o prestador de serviço P2P poderá se comprometer em supostos casos de acusações, ou problemas que ocorreram na esfera Judicial
Fernando Limas
O profissional P2P também deve entender bem a sua relação de prestador de serviço com seu cliente.
Infelizmente, às vezes o P2P cria muita relação com o cliente, e por vezes a confiança excessiva traz prejuízos.
Já aconteceu comigo, pois um cliente que eu confiava, que sempre transacionava de forma honesta comigo recebeu o depósito, e depois desapareceu.
O prejuízo ficou, pois confiei demais.
E recorrer à Justiça ainda é complicado devido à Legislação.
Até por isso, o prestador de serviços P2P deve sempre se respaldar em receber antecipadamente de seu cliente, para depois executar a negociação.
É uma garantia para o prestador de serviço, e o cliente também deve se respaldar, conforme comentado.
E você já passou por mais alguma situação constrangedora prestando serviços P2P?
Sim (risos).
Infelizmente ainda dependemos de Bancos para trabalhar, e há um tempo atrás realizei um pagamento para o cliente e o valor foi enviado duplicado da conta.
Nesse momento você entra em desespero, pois o Banco com todo seu poder com certeza iria jogar a responsabilidade para nós clientes.
Mas felizmente ainda temos pessoas honestas no mundo, e o cliente prontamente foi solícito ao devolver o valor.
Estamos sujeitos a diversas situações onde dependemos de terceiros para conseguir finalizar as negociações.
São muitos riscos em uma operação (risos).
Também já aconteceu deu acabar vendendo para o cliente no meu preço de compra (risos).
Nesse caso você arca com o prejuízo, e o cliente sai feliz da vida (risos).
O imprescindível nestes casos é arcar com a sua palavra e manter a negociação.
A reputação do prestador de serviço P2P é mais importante que qualquer coisa
Fernando Limas
O que o P2P Fernando Limas espera no futuro para os criptoativos e para a tecnologia blockchain?
Na minha visão é um mercado que está apenas engatinhando, ainda.
Os criptoativos têm muito espaço para crescer, e será um mercado muito próspero e inovador no futuro!
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