Você sabia que o enigmático Satoshi Nakamoto já foi indicado para receber o prêmio Nobel da Economia?
Pois é, isto já aconteceu e não foi tão recente assim.
O Bitcoin possui pouco mais de 11 anos, e começou a chamar a atenção no ano de 2013, quando passou a marca dos US$1.000 dólares por unidade.
Já em 2017, o Bitcoin surpreendeu o mundo ao sair dos aproximados US$700 dólares em janeiro para atingir o ATH em US$19.700 no mês de dezembro.
Neste meio tempo, em 2015, uma indicação ao prêmio Nobel da Economia (de 2016) surpreenderia o mundo das finanças.
A indicação foi feita por Bhagwan Chowdhry, professor da Universidade da Califórnia, que à época disse que “a invenção do Bitcoin não tem nada de revolucionário”.
Segundo ele, muitas formas de pagamento alternativas seguiram a evolução da economia nas relações humanas, e assim foram usadas ao longo da história.
De conchas do mar a metais preciosos, como ouro e prata
Já vimos cigarros sendo usados como moedas em tempos de hiperinflação
Bhagwan Chowdhry
Entretanto, a indicação se devia ao fato de que o Bitcoin oferecia diversas vantagens em relação a outras moedas.
Chowdhry o considerava mais seguro, pois contava com um código criptográfico quase inquebrável.
Dinâmico, por poder ser dividido em milhões de subunidades menores.
Descentralizado, podendo ser transferidos de forma segura e instantânea para uma pessoa com acesso a internet, ignorando Governos, Bancos Centrais e intermediários financeiros
E barato, pois eliminava custos nas transações e com burocracias.
Curioso é que ninguém sabe se a indicação foi aceita pela Entidade do Nobel, de fato, devido a dois fatores.
Primeiro que o indicador, no caso Chowdhry, deveria informar alguma forma de contato do indicado, no caso Satoshi Nakamoto.
Como isso era impossível (e continua sendo até hoje), Chowdhry chegou a dizer que o valor do prêmio poderia ser depositado por ele em qualquer endereço da carteira de Satoshi.
Bastava Satoshi Nakamoto indicar a wallet e ele depositaria o valor em Bitcoins, o que convenhamos seria um tanto quanto inusitado.
Segundo por que a indicação deve ser secreta, conforme normativa da Entidade do Nobel, mas Chowdhry não segurou a língua.
Também não é a primeira vez que o Nobel se relaciona com os ativos digitais, apesar de sua pouca idade.
Quase trinta anos atrás, o economista, estatístico e escritor Milton Friedman, vencedor de um Prêmio Nobel, comentou sobre seu sonho de um dia um computador controlar o dinheiro.
Em uma entrevista, Friedman previu uma das tecnologias mais disruptivas da atualidade, o Bitcoin, 18 anos antes de ele ser inventado.
Por outro lado, em meados de 2019, após uma longa depressão pós bull run das criptomoedas, o ganhador do prêmio Nobel de Economia Joseph Giglitz, reiterou sua posição negativa sobre elas em um vídeo da CNBC.
Na verdade, acho que devemos acabar com as criptomoedas
Joseph Giglitz
Para Stiglitz, “a cripto não é o caminho certo para criar uma economia global mais eficiente devido à falta de transparência. Elas acompanham as atividades financeiras ilegais, como a lavagem de dinheiro, transferindo dinheiro de uma plataforma transparente para uma plataforma escura”.
Poderíamos discutir isso fartamente, mas agora não vem ao caso.
Disse algo pior: “não há a necessidade de alguém buscar uma criptomoeda, ela não tem nenhum dos atributos de uma moeda boa, enquanto o dólar dos Estados Unidos tem todos esses atributos”.
Sem comentários!
A se pensar, ninguém até hoje ganhou um prêmio Nobel por criar uma moeda que fosse disruptiva e mudasse o sistema monetário internacional.
Não acredito que Nixon sequer tenha sido indicado ao Nobel alguma vez por ter feito isto com o dólar diante do ouro.
Então, quem sabe nos próximos anos não chegue a vez de Satoshi?