Assim como os Estados unidos liderou o desenvolvimento da internet, poderia liderar a regulamentação de um ativo digital global.
Este comentário poderia ser proprício a qualquer entusiasta das criptomoedas, mas partindo do grupo Ripple, tem um peso maior.
Por ser considerada uma das mais centralizadas criptomoedas por interligar formas de pagamentos entre bancos, este manifesto tem peso!
Para não causar estranheza, primeiramente devemos distinguir o termo regulamentação de regulação. Daí o contexto à Ripple faz sentido.
Segundo Stuart Alderoty, conselheiro geral da Ripple, os EUA estão ficando para trás em liderar a regulamentação dos ativos digitais, podendo perder esta corrida para outros países.
Alderoty ressalta que muitas grandes instituições financeiras e bancos centrais estão em frequente diálogo quanto à questão dos ativos digitais, estando o Reino Unido e a sua estrutura política astuta de consulta de ativos digitais provendo um grande papel neste contexto.
Entretanto, não é apenas o Reino Unido quem vem apresentando meios para uma regulamentação justa e transparente de ativos digitais.
Países como Japão, Cingapura, Suíça e os Emirados Árabes Unidos também desenvolveram estruturas regulatórias práticas.
Isto sem contar a China, que há tempos ensaia o lançamento de seu próprio ativo digital, e investe em meios de negociação mais rápidos e eficazes, e menos burocráticos e dispendiosos.
O atraso dos EUA neste sentido pode estar prejudicando empresas americanas que ficam cerceadas de competir por este mercado.
Explicito neste contexto é o caso da criptomoeda Libra, e as sanções impostas pelo Governo a empresas e parceiros que praticamente extinguiram o projeto.
Além disto, após a problemática da enxurrada de ofertas iniciais de moedas (ICOs) em 2017\18, a Comissão de Títulos e Casas de Câmbio (SEC) dos EUA assumiu o controle dos ativos digitais, entretanto, sem se atualizar em relação a esta nova tecnologia.
Assim sendo, os ativos digitais estão presos em uma estrutura regulatória antiga que não são cabíveis a esta inovadora e emergente tecnologia.
O que está acontecendo agora é que os EUA estão olhando para trás, e não para o futuro.
Assim comparou Alderoty aos EUA dos anos 90, quando visionaram a nova tecnologia denominada “internet”, em detrimento às regras aplicadas aos rádios transmissores e telefonia.
Os EUAs até tentaram regulamentar os ativos digitais, mas aparentemente de forma obsoleta e genérica.
Uma orientação que pode significar qualquer coisa para qualquer pessoa não é orientação alguma
Stuart Alderoty
Sem sombra de dúvidas uma das maiores potências mundiais se voltar para o assunto em prol de seu desenvolvimento será enaltecedor.
Cabe ressaltar que a blockchain, por exemplo, é considerada a internet do futuro, ou internet 2.0, e os EUA desta vez, por certa negligência, pode estar largando mão de estar à frente e principalmente, ditar as regras das finanças futuras.