- Bitcoin perde força de alta e mercado entra em fase de cautela.
- Alta das criptomoedas mostra sinais claros de exaustão.
- Altcoins sofrem quedas mais severas com recuo do BTC.
A forte valorização das criptomoedas, que animou investidores nos últimos meses, começa a dar sinais claros de exaustão, de acordo com o analista Ran Neuner. O Bitcoin, maior ativo digital do mercado, enfrenta dificuldades para manter sua trajetória de alta, o que levanta dúvidas sobre a continuidade do ciclo positivo que marcou o primeiro semestre de 2025.
Após atingir uma nova máxima histórica em meados de julho, o Bitcoin não conseguiu sustentar os níveis acima de US$ 120 mil. Desde então, o ativo recuou para a faixa dos US$ 116 mil e tem mostrado perda de força compradora nos principais indicadores técnicos. Essa movimentação, segundo analistas, pode marcar o início da fase final do atual ciclo de alta.
Desse modo, o analista aponta que durante os primeiros meses do ano, o otimismo com os ETFs de Bitcoin à vista e o avanço de narrativas ligadas à inteligência artificial impulsionaram o setor. Contudo, os volumes de negociação começaram a cair, e as altcoins — que acompanharam o rali do Bitcoin — agora apresentam quedas expressivas em diversos pares.
Mesmo com o cenário macroeconômico favorável, incluindo juros estáveis nos Estados Unidos e entrada de capital institucional, o fôlego do mercado cripto parece limitado. Parte dos investidores já realiza lucros, enquanto outros adotam posições mais defensivas diante da possibilidade de uma correção mais profunda.
Indicadores apontam para perda de momentum na alta do Bitcoin
As métricas on-chain reforçam o alerta. Dados recentes mostram que o número de carteiras ativas diminuiu nas últimas semanas, e as transferências para corretoras aumentaram — sinal claro de que mais investidores estão dispostos a vender. Ao mesmo tempo, o índice de força relativa (RSI) do Bitcoin entrou em zona neutra, indicando que a pressão compradora perdeu intensidade.
Além disso, os contratos futuros mostram redução no volume aberto, o que costuma anteceder movimentos de correção. Os dados do mercado de derivativos também apontam para uma mudança de sentimento, com queda nas taxas de financiamento e aumento da proteção por meio de opções de venda.
Alguns analistas ainda acreditam que o ciclo pode ter mais um fôlego, especialmente se o BTC mantiver a região dos US$ 110 mil como suporte. Porém, o consenso começa a se formar em torno da ideia de que a fase mais intensa da alta já passou.