- Bitcoin ganha força enquanto a liquidez global dispara para recordes
- Instituições ampliam posições mesmo com forte queda no mercado
- Oferta monetária crescente reforça tese de longo prazo do BTC
O mercado de criptomoedas está vivendo um dos anos mais desafiadores da última década. Mesmo assim, muitos analistas afirmam que o momento atual reforça justamente por que o Bitcoin foi criado. O sentimento despencou, a volatilidade aumentou e o índice de medo e ganância caiu a níveis extremos, mas a lógica de longo prazo continua firme.
Especialistas lembram que, quando o medo aperta, os fundamentos ganham ainda mais força. E o fundamento central é simples, a liquidez global nunca para de crescer. Por isso, o preço do Bitcoin continua refletindo esse ambiente inflacionário permanente.

Liquidez dispara e mostra tendência irreversível
Os números mais recentes mostram por que tantos analistas insistem nessa visão. A oferta monetária global chegou a US$ 142 trilhões, um salto impressionante que reforça a expansão contínua da liquidez desde os anos 2000. Esse avanço representa 446% de crescimento desde o início do século, algo sem precedentes na história financeira contemporânea.
Enquanto isso, a disciplina fiscal se tornou uma raridade. Os Estados Unidos fecharam o ano fiscal de 2025 com déficit de US$ 1,775 trilhão. Ao mesmo tempo, os gastos chegaram a US$ 7,01 trilhões. Mesmo com críticas crescentes, o governo norte-americano discute novos estímulos, incluindo cheques diretos de US$ 2.000 para famílias. Tudo isso reforça um padrão conhecido: o gasto público aumenta, a liquidez cresce e as moedas se desvalorizam.
A China acompanha o movimento e agora soma US$ 47,1 trilhões em oferta monetária ampla. Os Estados Unidos seguem com US$ 22,2 trilhões, enquanto bancos centrais de economias desenvolvidas continuam inundando o sistema. A liquidez em níveis recordes se tornou uma norma macroeconômica global.
Investidores institucionais seguem acumulando
Mesmo com quedas duras nas últimas semanas, os grandes investidores permanecem firmes. Harvard, por exemplo, triplicou sua exposição a ETFs de Bitcoin no terceiro trimestre de 2025. A fundação agora detém US$ 443 milhões em posições ligadas ao ativo, ultrapassando investimentos tradicionais de grande prestígio.
Esse movimento representa um aumento de 257% em apenas alguns meses. Para analistas, a decisão mostra que, enquanto investidores individuais recuam com a volatilidade, os institucionais enxergam o longo prazo com clareza. A lógica é direta, a inflação não recua, os déficits não diminuem e a liquidez não para de crescer.
Assim, para muitos especialistas, o Bitcoin permanece alinhado ao ambiente macroeconômico. Cada estímulo, cada rodada de impressão monetária e cada expansão nos gastos reforça sua relevância como proteção diante da desvalorização contínua das moedas fiduciárias.
No centro dessa discussão surge uma frase recorrente entre analistas, se você acredita que o Bitcoin continuará valorizando ao longo dos anos, o preço exato da compra importa menos. Como disse Scott Melker, conhecido como “O lobo de todas as ruas“, em tom direto, “Se você acredita que o preço do bitcoin vai subir muito mais com o tempo, então não faz quase nenhuma diferença se você comprar a 94 mil, 97 mil ou 100 mil. Você simplesmente compra.”

