- Bitcoin sobe: Ajibade projeta Bitcoin a US$ 95 mil com apoio técnico.
- Demanda por ETFs sinaliza otimismo institucional no BTC.
- Trump pressiona Fed e gera fuga para criptomoedas.
O Bitcoin pode estar prestes a alcançar novas máximas históricas, segundo o analista técnico Ibrahim Ajibade. Em relatório divulgado nesta terça-feira (22), ele afirmou que o atual cenário político e financeiro favorece uma escalada de preços com alvo imediato em US$ 94.000 e potencial para US$ 95.000.
“O rompimento acima de US$ 91.000 não foi um acaso. A estrutura técnica do Bitcoin está fortemente otimista, com médias móveis alinhadas e o RSI sinalizando continuidade da tendência de alta”, explicou Ajibade. De acordo com o analista, o movimento recente da criptomoeda reflete uma fuga clara de investidores dos mercados tradicionais para os criptoativos.
O preço do Bitcoin ultrapassou os US$ 91.000 pela primeira vez em 50 dias após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificar ataques públicos contra o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Trump acusou Powell de sabotar a economia e declarou que poderia demiti-lo caso volte à presidência.
“Powell deveria cortar os juros, como fez o Banco Central Europeu. Se eu quiser que ele saia, ele sairá de lá rapidinho”, afirmou Trump em uma coletiva de imprensa na segunda-feira. Dessa forma, a reação dos mercados tradicionais foi imediata: o índice do dólar americano caiu para o menor nível em três anos, e os títulos do Tesouro dos EUA sofreram com a saída de investidores.
Assim, Ajibade analisou o impacto dessas declarações: “A interferência política sobre o banco central gera uma instabilidade que afasta o capital tradicional. Isso cria uma oportunidade para ativos descentralizados como o Bitcoin se valorizarem.”
Bitcoin sobe, ETFs disparam e capital institucional se redireciona
Além do contexto político, o mercado viu uma explosão na demanda por ETFs de Bitcoin. Apenas na última semana, os fundos à vista registraram entradas líquidas de US$ 381 milhões, com destaque para o ARKB da Ark Invest, que atraiu US$ 116 milhões.
“O fluxo recorde para ETFs mostra que o apetite institucional por Bitcoin voltou com força. Esse capital é mais estratégico e tende a sustentar altas mais longas”, disse Ajibade. O analista também destacou os desempenhos do IBIT da BlackRock e do FBTC da Fidelity, que somaram, juntos, US$ 128 milhões em aportes.
Outro fator que impulsiona o otimismo do mercado foi a nomeação de Paul Atkins como novo presidente da SEC. Conhecido por defender menor intervenção regulatória, Atkins sinalizou que pretende desenvolver um “ambiente regulatório favorável à inovação”, o que pode destravar novos avanços para o setor.
Análise técnica projeta mais valorização

Na visão de Ajibade, o gráfico de 12 horas do BTC revela um forte rompimento técnico, com o preço acima das médias móveis exponenciais de 5, 8 e 13 períodos. “Esses cruzamentos indicam pressão compradora constante. O RSI está em 71,77, acima da zona de sobrecompra, mas isso reforça o apetite do mercado em tendência de alta.”
Apesar disso, ele alerta que uma breve correção não está descartada. “Desse modo, se o Bitcoin não se manter acima de US$ 88.500, pode haver uma retração até US$ 87.900. Mas o viés geral segue fortemente altista”, concluiu.
Ajibade aposta que, se o impulso técnico e a demanda institucional continuarem, o BTC pode atingir US$ 94.000 nos próximos dias. Além disso, em um cenário ainda mais otimista, o analista não descarta que a criptomoeda toque os US$ 95.000 nas próximas semanas, consolidando um novo patamar.