A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, modificou os termos de seu ETF de Bitcoin para exigir que os saques sejam processados on-chain pela Coinbase dentro de 12 horas.
A mudança ocorre após preocupações de investidores sobre as práticas de custódia da Coinbase, que poderiam estar afetando o preço do Bitcoin no mercado.
- Leia também: Token TAO da Bittensor dispara com atualizações na rede e integração de contratos inteligentes
Saques on-chain e preocupações com a custódia
De acordo com o novo pedido submetido à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), a Coinbase, que atua como custodiante do ETF, deverá processar os saques para endereços públicos de blockchain dentro do período de 12 horas após a solicitação.
A alteração responde a críticas de que a Coinbase estaria comprando ‘Bitcoin de papel’, ou IOUs de Bitcoin, em vez de realizar transações diretas na blockchain, levantando dúvidas sobre a transparência e a segurança dos fundos.
A Coinbase é atualmente responsável pela custódia de 10 dos 11 ETFs de Bitcoin à vista nos EUA e também de oito dos nove ETFs de Ether recentemente aprovados. Apesar das preocupações, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, assegurou que todas as transações dos ETFs são liquidadas on-chain, mesmo que nem todos os endereços sejam divulgados publicamente.
Resposta do mercado e impacto nos preços
A mudança nos termos pela BlackRock também reflete uma tentativa de acalmar o mercado e restaurar a confiança dos investidores.
Desde o lançamento dos ETFs de Bitcoin em janeiro, os produtos acumularam mais de US$ 59,2 bilhões em ativos on-chain, sendo o IBIT da BlackRock o maior, com 38% de participação de mercado.
Analistas apontam que, apesar das acusações, os ETFs não são responsáveis pela recente queda no preço do Bitcoin.
Segundo Eric Balchunas, analista da Bloomberg, os ETFs têm evitado que o preço do BTC caia ainda mais, apontando que os próprios detentores de Bitcoin nativos podem estar vendendo, contribuindo para a pressão negativa sobre o preço.