- BlackRock domina 3,25% do fornecimento global de Bitcoin
- Escassez de Bitcoin cresce com acúmulo de grandes investidores
- Investidores institucionais impulsionam o mercado, enquanto varejo recua
O ETF de Bitcoin da BlackRock dispara no mercado e consolida sua presença entre os maiores fundos do mundo. A gestora, que lidera o setor global de ativos, alcançou uma marca histórica no universo das criptomoedas.
Seu fundo, o iShares Bitcoin Trust (IBIT), acumula mais de US$ 69,7 bilhões em Bitcoin, o que representa 3,25% de todo o fornecimento global de BTC.
ETF da BlackRock domina o mercado de Bitcoin
O avanço da BlackRock impressiona. Atualmente, o IBIT controla 54,7% de participação no mercado de ETFs de Bitcoin à vista dos Estados Unidos. No total, esses ETFs somam 6,12% de todo o BTC em circulação, segundo dados da plataforma Dune.
Esse crescimento aconteceu em menos de um ano e meio após a estreia dos ETFs de Bitcoin no mercado americano, em janeiro de 2024. Porém, nos últimos oito dias, o setor registrou entradas líquidas positivas consecutivas. Apenas na quarta-feira, os ETFs captaram US$ 388 milhões em Bitcoin, conforme a Farside Investors.
O IBIT também entrou para a elite dos investimentos globais. Porém, ele já ocupa a 23ª posição entre os maiores ETFs do mundo, superando diversos fundos tradicionais.
Escassez de Bitcoin e alerta para o mercado
Apesar do crescimento institucional, o mercado mostra sinais claros de escassez de “dinheiro novo“. Dados da CryptoQuant revelam que o grupo de detentores de curto prazo encolheu para 4,5 milhões de BTC, uma queda de 800 mil BTC desde maio.
Isso reflete diretamente no comportamento do mercado. As carteiras inativas estão acumulando mais Bitcoins do que os mineradores conseguem gerar. Além disso, segundo a Glassnode, 89% de todas as transações na rede superam US$ 100 mil, evidenciando o domínio de investidores institucionais e grandes players.
O analista Iliya Kalchev, da Nexo, acredita que o mercado precisa de um novo catalisador. Caso contrário, o suporte pode se firmar na faixa de US$ 92 mil, preço médio realizado on-chain, que historicamente funciona como uma zona de sustentação em ciclos de alta.
Por outro lado, enquanto o varejo diminui sua presença, os grandes investidores seguem acumulando Bitcoin, elevando ainda mais a pressão sobre a oferta