- Tarifa de 245% aumenta tensão entre EUA e China
- Bitcoin recua 2% e mercado cripto perde fôlego
- Ouro atinge novo recorde: US$ 3.300 por onça
Os preços das criptomoedas desabaram nas últimas 24 horas. A tensão entre Estados Unidos e China aumentou drasticamente após novas tarifas.
O governo norte-americano elevou as tarifas sobre produtos chineses para até 245%, como parte de um movimento retaliatório. Em resposta, Pequim reafirmou que só aceita negociações se houver respeito mútuo e igualdade, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian.
As tensões impactaram diretamente os mercados. Porém, o Bitcoin recuou mais de 2%, negociado a US$ 83.826, e o mercado cripto como um todo perdeu 3,75% em valor. A queda ocorreu logo após o Bitcoin ter rompido sua média móvel simples de 200 dias no início de março, sinalizando possível reversão de tendência.
Investidores abandonam risco e buscam proteção no ouro
Com o aumento das incertezas, investidores buscaram proteção no ouro. A cotação do metal subiu 26% em 2025, alcançando um novo recorde de US$ 3.300 por onça. Já o dólar registrou uma queda de 9% no mesmo período.
Porém, o mercado também reagiu mal aos comentários do presidente Donald Trump. Ele afirmou que os EUA não precisam de um novo acordo com a China. Isso reduziu ainda mais o apetite por risco. A resposta chinesa indicou que qualquer diálogo só acontecerá em bases equilibradas.
Análise aponta possível recuperação do Bitcoin
Os futuros de ações refletiram o nervosismo, Nasdaq caiu 1% e S&P 500 recuou 0,65%. No setor cripto, a Coinbase Institutional alertou para o fim do ciclo de alta iniciado em 2024. Segundo David Duong, o Z-score ajustado ao risco mostra que o pico ficou para trás, ainda no fim de fevereiro.
Mesmo assim, o trader Ali Martinez manteve um tom mais otimista. Ele destacou que o nível de suporte de US$ 83.200 permanece firme e pode sustentar uma nova alta. Ele acredita que o Bitcoin pode buscar o topo do canal de consolidação nas próximas semanas.