- ETF de Ethereum não atraem nenhum capital em abril
- Bitcoin segue liderando com milhões em aportes institucionais
- Ethereum precisa de catalisadores para sair da estagnação
O mercado de criptomoedas começou a dar sinais de recuperação em abril, mas os ETF de Ethereum estagnaram completamente, marcando um desempenho zerado pela primeira vez desde o lançamento. Enquanto isso, os ETFs de Bitcoin seguem recebendo aportes expressivos, com destaque para o IBIT, da BlackRock, que registrou entrada líquida de US$ 80,96 milhões, totalizando US$ 108 milhões de captação em um único dia.
Por outro lado, os nove ETFs de Ethereum não movimentaram absolutamente nada. Não houve entrada, nem saída de recursos. A situação levanta um alerta importante: o Ethereum, apesar de ser a segunda maior criptomoeda do mundo, perdeu apelo institucional. Nem mesmo grandes gestoras como Fidelity, VanEck e Grayscale conseguiram atrair capital para seus produtos ligados ao ativo.
A diferença entre o desempenho dos ETFs de Bitcoin e Ethereum nunca foi tão evidente. O mercado, embora volátil, tem demonstrado clara preferência por produtos atrelados ao BTC, ignorando completamente o ETH. Isso acontece mesmo com o Ethereum negociando próximo aos US$ 1.580, buscando estabilidade em uma faixa de preço apertada.
Apesar disso, o gráfico de ETH exibe uma forte tendência de baixa, com o ativo ainda sendo negociado abaixo das médias móveis de 50, 100 e 200 períodos — localizadas respectivamente nos US$ 1.800, US$ 2.267 e US$ 2.568. A falta de força compradora e de eventos catalisadores relevantes mantém o cenário pessimista.

ETF de Ethereum zerado
Enquanto o Bitcoin atrai instituições e capital de forma consistente, o volume de negociação de Ethereum segue em queda, refletindo o desinteresse do mercado. O índice de força relativa (RSI), um dos principais indicadores técnicos, mostra o ativo próximo da região de sobrevenda. Porém, os movimentos de alta são fracos e logo rejeitados, sem gerar nenhum sinal concreto de reversão.
Especialistas apontam que, além dos fatores técnicos, Ethereum perdeu a narrativa atrativa que tinha anos atrás. Sem staking aprovado em ETFs e sem avanços regulatórios relevantes, o ativo parece travado em um limbo — sem desvalorizar bruscamente, mas também sem entusiasmar investidores.
Caso nenhuma mudança significativa ocorra nos próximos meses, como a liberação de ETFs com staking ou novas aplicações institucionais, o Ethereum poderá seguir como protagonista de um dos maiores “flops” do ano entre os ativos digitais.