Um novo estudo explora a mineração de Bitcoin, a espinha dorsal da rede da criptomoeda. A pesquisa, liderada por Wei Sun, Haitao Jin, Fengjun Jin, Lingming Kong, Yihao Peng e Zhengjun Dai, detalha como a atividade de mineração está distribuída ao redor do mundo e ressalta suas implicações para segurança de rede, gestão de criptoativos e sustentabilidade.
O estudo descobriu que a atividade de mineração de Bitcoin foi identificada em mais de 6.000 unidades geográficas em 139 países e regiões, uma descoberta que corrobora o design descentralizado da rede Bitcoin.
No entanto, quando considerado o poder computacional – a base da mineração de Bitcoin – uma forte tendência de concentração espacial é observada, vinculada diretamente aos locais de produção de energia.
Essa conclusão levanta questões significativas sobre a sustentabilidade da mineração de Bitcoin. Se concentrada em áreas ricas em energia, a prática pode ter implicações ambientais substanciais, tornando vital para os governos e organizações abordarem essa preocupação.
A pesquisa também revela a dinâmica da distribuição espacial da mineração de Bitcoin. A atividade de mineração flutua com padrões distintos, reagindo às mudanças econômicas e regulatórias. Esse dado indica uma adaptação da rede de mineração às condições externas, tornando a mineração de Bitcoin um reflexo dinâmico das realidades econômicas e políticas de diferentes regiões.
Leia também: Fórmula 1: Grande Prêmio de Mônaco terá estreia da venda de tickets em NFT
Mineração de Bitcoin
A mineração de Bitcoin é crucial para a operação e segurança da rede Bitcoin, já que verifica transações e impede tentativas de dupla despesa. Além disso, contribui para a descentralização da rede, um de seus princípios fundamentais.
No entanto, as descobertas do estudo sobre a concentração de poder computacional sugerem uma descentralização menos ideal do que se esperava.
Os resultados desse estudo apresentam novas dimensões na discussão sobre a mineração de Bitcoin, expondo a necessidade de um olhar cuidadoso sobre o posicionamento geoespacial da mineração e suas implicações para a economia, meio ambiente e segurança da rede.
Leia também: Análise gráfica do BTC: Criptomoeda deverá fechar o primeiro mês do ano no vermelho