O Itaú Unibanco divulgou recentemente seu balanço, revelando que o banco detém R$ 1,5 bilhão em ativos digitais sob custódia. Este marco reflete o avanço da instituição no mercado de criptomoedas, consolidando-se como um dos principais players no setor de criptoativos no Brasil.
O serviço de custódia, lançado oficialmente em 2023, é oferecido pela plataforma íon e inclui criptomoedas como Bitcoin (BTC) e Ether (ETH). A iniciativa é parte da estratégia do banco de diversificar suas ofertas, atendendo tanto investidores institucionais quanto corporativos.
O Itaú, que inicialmente se posicionava de maneira crítica em relação às criptomoedas durante o ciclo de 2017-2018, passou por uma mudança significativa de postura ao longo dos anos. A transformação começou com o envolvimento do banco no mercado de tokenização, uma área que utiliza a tecnologia blockchain para representar ativos reais em formato digital.
Uma das primeiras incursões do Itaú foi por meio da parceria com a Liqi, uma startup brasileira especializada em tokenização, que recebeu um investimento milionário do banco para expandir suas operações.
O Itaú também colaborou com a Mercado Bitcoin, uma das maiores exchanges de criptomoedas do Brasil, para tokenizar recebíveis, utilizando a plataforma para oferecer novos produtos financeiros no mercado brasileiro. Além disso, o banco formou parcerias com plataformas como BEE4 para oferecer ações tokenizadas, reforçando sua presença no mercado de ativos digitais.
Banco Itaú e criptomoedas
Outra área de destaque é o envolvimento do Itaú com o Drex, a moeda digital do Banco Central do Brasil (CBDC). O banco participou ativamente dos testes e desenvolvimentos dessa nova forma de moeda, alinhando-se com a transformação digital do sistema financeiro brasileiro.
No que diz respeito às criptomoedas “raiz”, como Bitcoin e Ethereum, o Itaú lançou em 2023 um serviço de compra e venda desses ativos diretamente em sua plataforma Íon. Isso permitiu que os clientes do banco acessassem esses ativos de forma simples e segura, com custódia oferecida pela própria instituição. O Itaú também se posicionou como distribuidor de ETFs ligados ao mercado cripto, como os da Hashdex e BLP.