- Bitcoin mira US$ 137 mil com cenário macro favorável
- Corte de juros do Fed impulsiona otimismo no mercado cripto
- Suporte crítico define próxima direção do preço do Bitcoin
O Bitcoin voltou a ganhar força nesta terça-feira (12) após a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de julho nos Estados Unidos. Os dados mostraram que a inflação anual ficou em 2,7%, estável em relação a junho e abaixo da previsão de 2,8%. O IPC subjacente, que exclui alimentos e energia, subiu 3,1% no ano, exatamente como o esperado. Na base mensal, o IPC geral avançou 0,2%, enquanto o núcleo subiu 0,3%, dentro das projeções.
Essa leitura reforça um cenário positivo para ativos de risco, já que a inflação controlada aumenta a probabilidade de o Federal Reserve adotar um corte de juros em breve. Com taxas mais baixas, o custo de oportunidade de manter Bitcoin diminui, estimulando a entrada de novos investidores no mercado.
Após a publicação dos dados, as apostas para um corte de 0,25 ponto percentual na reunião de setembro do Fed saltaram para 93,9%, segundo o CME FedWatch. Isso representa uma mudança expressiva na expectativa do mercado, que agora precifica um ambiente mais favorável para a criptomoeda.
Expectativas para próximos indicadores
Apesar do otimismo, o IPC subjacente ainda indica que existem pressões persistentes sobre os preços. Analistas destacam que o Fed pode aguardar mais sinais antes de agir. Nesse sentido, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), previsto para a próxima semana, será um termômetro importante. Caso o IPP e o núcleo do IPP venham abaixo das estimativas, o argumento por juros mais baixos ganhará força.
No mercado, o Bitcoin chegou a tocar US$ 122.190 na segunda-feira, mas perdeu força e caiu 3%, recuando para US$ 118.500. Após o IPC, a criptomoeda recuperou parte das perdas, sendo negociada a US$ 119.500. Um fechamento diário acima de US$ 120.000 é considerado crucial para confirmar a retomada da alta.
Projeções e pontos de atenção
No aspecto técnico, o BTC rompeu recentemente um padrão de bandeira de alta no gráfico diário, sugerindo espaço para avanço. Segundo o analista Titan of Crypto, o rompimento de uma linha de tendência descendente abre caminho para uma meta primária de US$ 137.000. Antes disso, o patamar de US$ 130.000 aparece como objetivo intermediário.
Entretanto, caso o Bitcoin não consiga recuperar US$ 120.000 no curto prazo, pode haver nova pressão de venda. O suporte imediato está entre US$ 117.650 e US$ 115.650, região que também coincide com um gap deixado na CME. Porém, perder essa zona poderia intensificar a queda, levando o ativo a testar níveis próximos de US$ 100.000 e, em um cenário mais pessimista, até US$ 95.000.
Ainda mais, mesmo com riscos no radar, o clima no mercado permanece favorável para uma nova arrancada da maior criptomoeda do mundo.