A Mt. Gox, exchange de criptomoedas que faliu em 2014 após um grande hack, realizou uma transferência de cerca de 32.371 BTC (equivalentes a US$ 2,2 bilhões) para duas carteiras anônimas. O movimento ocorreu na última segunda-feira, marcando uma das maiores transações da plataforma nos últimos meses.
BREAKING: Mt Gox moves $2.3 BILLION in BTC across two transactions.
The larger of these ($2.2 B) appears to be a move to cold storage. pic.twitter.com/djEK1JicMV
— Arkham (@ArkhamIntel) November 5, 2024
Dados da empresa de análise blockchain Arkham indicam que 30.371 BTC foram enviados para um endereço desconhecido e outros 2.000 BTC foram inicialmente transferidos para uma carteira fria da Mt. Gox e, em seguida, redirecionados para outro endereço anônimo.
Esse movimento de fundos acontece após uma transferência de 500 BTC feita pela Mt. Gox na semana anterior, também para carteiras não identificadas.
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Transferência e planos de reembolso para credores em 2025
A transferência foi realizada enquanto a Mt. Gox continua com o processo de reembolso de seus credores, que aguardam a recuperação de fundos desde o colapso da plataforma. Da movimentação de US$ 2,19 bilhões, cerca de 30.371 BTC foram transferidos para o endereço de carteira ‘1FG2C…Rveoy’ e 2.000 BTC foram movidos para a carteira fria da Mt. Gox ‘1Jbez…LAPs6’.
Em outubro deste ano, a empresa anunciou um novo adiamento no prazo de pagamento para os credores, passando de outubro de 2024 para outubro de 2025.
Muitos dos reembolsos anteriores foram realizados por meio de exchanges como Bitstamp e Kraken, o que levanta especulações sobre possíveis novos pagamentos em breve, especialmente devido ao volume substancial dessa última transação.
Histórico de colapso e esforços para retorno de fundos
Fundada em 2010, a Mt. Gox já foi a maior plataforma de negociação de Bitcoin do mundo, representando até 70% do volume global. Em 2014, a exchange perdeu 850.000 BTC devido a um ataque cibernético, evento que abalou o mercado de criptomoedas e resultou em sua falência.
Nos últimos anos, a plataforma tem trabalhado para retornar parte dos fundos a milhares de credores que ainda aguardam seus ativos.