Uma análise da Coinbase indica que o Bitcoin não vai substituir o dólar americano que manterá seu reinado por várias gerações, apesar da constante discussão sobre a desdolarização, especialmente com o ponto de inflexão que a moeda enfrenta no cenário monetário global.
A volatilidade macroeconômica nos Estados Unidos é um dos motivos apontados pela Coinbase para essa mudança. Previsões indicam um aumento na dívida do país para 1 trilhão de dólares até 2028, somando 3,1% do PIB, e um crescimento do déficit federal de 3,5% para 6,1% na próxima década.
“A realidade é que o dólar americano não está sob ameaça iminente de perder sua supremacia global”, afirma a Coinbase.
Apesar das incertezas, o dólar continua desempenhando um papel crucial no cenário financeiro global, mantendo uma participação de 85% a 90% em transações internacionais ao longo das últimas quatro décadas.
Quanto ao bitcoin (BTC) e seu papel frente à permanência do dólar, a Coinbase destaca sua possível relevância como reserva de valor em momentos de instabilidade financeira, oferecendo uma alternativa viável.
“A adoção do bitcoin não necessariamente implica o colapso do dólar; em alguns casos, ambos podem se fortalecer simultaneamente”, disse a empresa.
Bitcoin
A longo prazo, a mudança no regime monetário está em andamento, e o envolvimento da criptografia provavelmente será crucial, mesmo que seja impossível testemunhar a queda da ordem estabelecida.
Olhando para 2024, a perspectiva da Coinbase prevê uma economia dos EUA mais fraca, mas não necessariamente uma recessão, com expectativas de que a Reserva Federal reduza as taxas até meados de 2024, se não antes.
Essa visão econômica também se reflete em uma tendência de enfraquecimento do dólar no próximo ano, abrindo espaço para o bitcoin e outras criptomoedas. O ano de 2024 parece promissor para o BTC devido aos pedidos de autorização de fundos negociados em bolsa (ETF) de bitcoin à vista e ao halving.
Atualmente, 14 pedidos de ETF nos EUA estão sob avaliação da Securities and Exchange Commission (SEC), e especialistas esperam uma resposta positiva do órgão regulador entre 8 e 10 de janeiro, ou possivelmente antes. Este cenário pode marcar um novo capítulo na relação entre moedas digitais e o mercado financeiro tradicional.