- Volume cripto despenca 70% após pico pós-eleição.
- Mercado entra em fase de espera e acumulação.
- Incertezas regulatórias esfriam entusiasmo dos investidores.
O mercado de criptomoedas perdeu força nas últimas semanas. Os volumes de negociação caíram de forma acentuada após o pico observado logo após as eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Atualmente, o volume diário gira em torno de US$ 35 bilhões praticamente o mesmo nível registrado antes da vitória de Donald Trump em novembro.
Euforia pós-eleição durou pouco
Em 5 de novembro, o mercado cripto reagiu com otimismo à eleição presidencial, levando os volumes de negociação para US$ 126 bilhões. A alta refletiu uma onda de entusiasmo e especulação, com investidores apostando em movimentos favoráveis sob a nova administração.
No entanto, esse impulso perdeu força rapidamente. A queda de 70% em menos de dois meses trouxe os volumes de volta à média anterior à eleição, indicando que a euforia inicial deu lugar à cautela.
Os recentes anúncios de tarifas contra parceiros comerciais dos EUA aumentaram a incerteza nos mercados financeiros. Essa insegurança afetou não apenas ações e commodities, mas também o setor de criptomoedas, onde investidores tendem a reagir de forma mais volátil a mudanças no cenário macroeconômico.
Capitalização também recua, mas em menor escala
A capitalização total do mercado cripto chegou a US$ 3,9 trilhões no auge pós eleição. Hoje, esse número gira em torno de US$ 2,9 trilhões, uma queda de 25%. Embora menos brusca do que o recuo nos volumes de negociação, essa retração reforça o tom de cautela que domina o mercado.
Essa combinação de volume baixo com capitalização relativamente estável sugere uma possível fase de acumulação. Investidores parecem menos interessados em especular e mais focados em se posicionar estrategicamente à espera de sinais mais claros sobre o futuro da regulação.
Muitos aguardam os próximos movimentos da administração Trump, especialmente no que diz respeito à regulamentação de criptomoedas. Mudanças na classificação de ativos e nas estruturas de supervisão podem servir como gatilhos para uma nova onda de negociações nos próximos meses. Por enquanto, o mercado adota um tom de espera, testando os limites entre a cautela e a oportunidade.