- A empresa de stablecoin Tether disse que direcionará sua taxa de hash do Bitcoin para o pool de mineração da OCEAN
- Atualmente, o Ocean representa menos de 1% do hashrate global do Bitcoin
- O projeto está sob liderança de Luke Dashjr, desenvolvedor veterano do núcleo do Bitcoin, e conta com apoio de nomes como Jack Dorsey
A Tether, maior emissora de stablecoins do mundo, anunciou uma parceria com a Ocean, pool de mineração de Bitcoin lançado em 2023. A iniciativa visa promover a descentralização do processo de construção de blocos na rede, em resposta à crescente concentração de poder nas mãos de grandes pools. O projeto é liderado por Luke Dashjr, desenvolvedor veterano do núcleo do Bitcoin, e conta com apoio de nomes como Jack Dorsey.
Ocean introduz novo modelo de mineração com código aberto
O Ocean propõe um novo modelo para mineração ao permitir que os próprios mineradores construam seus templates de bloco. Para isso, utiliza o software de código aberto Datum, criado para aumentar a transparência e diminuir o risco de censura. Esse modelo contrasta com o atual, onde os pools geralmente controlam quais transações serão incluídas nos blocos minerados.
“Deploying hashrate to OCEAN aligns with both our mining investments and our broader mission to fortify Bitcoin against centralizing forces.” @paoloardoino https://t.co/HeyB1ETecz pic.twitter.com/dDVJ93ccYg
— OCEAN (@ocean_mining) April 14, 2025
A Tether adotará o Datum em todas as suas operações de mineração, presentes em países como Paraguai, Uruguai e El Salvador. Segundo a empresa, o uso de soluções descentralizadas permitirá ganhos de eficiência e maior independência regional. Além disso, a companhia afirma que o investimento fortalece o ecossistema do Bitcoin como um todo.
Tether planeja elevar hashrate do Ocean com investimentos em infraestrutura
Atualmente, o Ocean representa menos de 1% do hashrate global do Bitcoin. No entanto, com o apoio da Tether, espera-se que essa participação cresça significativamente. A empresa planeja direcionar parte dos US$ 500 milhões prometidos para mineração ao crescimento do Ocean. Isso inclui infraestrutura, hardware e conectividade de baixa latência.
“A implantação de hashrate na OCEAN está alinhada tanto com nossos investimentos em mineração quanto com nossa missão mais ampla de fortalecer o Bitcoin contra forças centralizadoras”, disse o CEO da Tether, Paolo Ardoino.
Ao longo dos anos, a Tether diversificou seu portfólio e aumentou sua exposição ao Bitcoin. A empresa comprou 8.888 bitcoins no início deste ano, elevando seu patrimônio total para US$ 7,8 bilhões.
Enquanto pools como Foundry USA e AntPool concentram juntos mais de 66% da produção de blocos, a Tether busca diversificar esse cenário. Para especialistas, a parceria entre Tether e Ocean marca um avanço relevante no equilíbrio do poder dentro da rede Bitcoin.