- O trader veterano Peter Brandt afirmou que as moedas de Satoshi Nakamoto representam o “risco máximo” ao Bitcoin.
- Especialistas alertam sobre o poder da computação quântica para quebrar chaves privadas e roubar fundos.
- Comunidade cripto acredita que a ameaça ainda está distante, mas o debate sobre segurança volta a crescer.
O trader veterano Peter Brandt alertou que a fortuna de Satoshi Nakamoto, estimada em 1,1 milhão de bitcoins, representa o “maior risco” ao Bitcoin. A preocupação surge com o avanço da computação quântica, capaz de quebrar a criptografia das carteiras antigas e movimentar fundos nunca antes tocados.
Especialistas divergem, mas o tema reacende o debate sobre segurança e futuro da criptomoeda.
O “risco final” do Bitcoin segundo Peter Brandt
Peter Brandt, um dos traders mais experientes do mercado de commodities, declarou que os Bitcoins pertencentes ao misterioso criador Satoshi Nakamoto representam o “maior risco” para o ativo digital.
A preocupação surgiu após Charles Edwards, fundador da Capriole, alertar sobre o avanço da computação quântica e seu potencial de quebrar a criptografia usada na rede. Segundo ele, um computador poderoso o suficiente poderia, em teoria, revelar chaves privadas e acessar os 1,1 milhão de BTC atribuídos a Satoshi — um valor que hoje ultrapassa US$ 68 bilhões.
Essa hipótese reacendeu o debate sobre a segurança do Bitcoin diante das novas tecnologias.
Computação quântica e o medo da quebra criptográfica
A discussão gira em torno do algoritmo de Shor, capaz de resolver cálculos matemáticos que sustentam a segurança das criptomoedas. Caso um computador quântico operacional fosse desenvolvido, ele poderia desvendar endereços antigos e roubar fundos inativos.
Josh Mandell, ex-trader de Wall Street, chegou a afirmar que tecnologias quânticas já estariam sendo usadas para invadir carteiras antigas, embora sem provas concretas.
Entretanto, especialistas como Chun Wang, cofundador da F2Pool, consideram o temor exagerado:
“A ameaça da computação quântica está sendo superestimada. Devemos nos concentrar em levar o Bitcoin para além da Terra.”
Por enquanto, o consenso é que a computação quântica ainda está décadas distante de representar um risco real. Isso dá tempo para que a comunidade desenvolva criptografia resistente a ataques quânticos, já em fase de estudo por diversos projetos.
O mistério e o peso dos Bitcoins de Satoshi
As moedas de Satoshi estão distribuídas em centenas de carteiras que permanecem intocadas há mais de 15 anos. Muitos acreditam que esses fundos jamais serão movimentados.
Mike Novogratz, CEO da Galaxy Digital, é direto:
“Acredito que Satoshi está morto. Esses Bitcoins nunca sairão do lugar.”
Outros, porém, especulam que o criador teria deixado um ‘dead man’s switch’, um mecanismo que poderia liberar as moedas em caso de morte.
Risco quântico e a fortuna de Satoshi
O debate sobre o risco quântico e o destino da fortuna de Satoshi reforça um ponto central: a confiança no Bitcoin vai além do código. Embora a ameaça da computação quântica ainda pareça distante, a simples possibilidade de ver os Bitcoins de Satoshi movimentados seria um dos eventos mais impactantes da história das criptomoedas.