- US$ 5,95 bilhões entraram em ETFs de Bitcoin na primeira semana de outubro de 2025.
- Mais de 94% dos bitcoins já foram minerados, e a inflação anual da rede é de apenas 0,8%.
- O IPCA brasileiro está em 5,13%, muito acima da meta de 3%, reforçando a busca por proteção em ativos digitais.
O Bitcoin continua desafiando governos e bancos centrais ao se consolidar como a principal reserva de valor digital do mundo. Mesmo após novas máximas acima de US$ 125 mil em 2025, sua força real não está apenas no preço, mas na incapacidade dos Estados de controlá-lo.
O único jeito de “matar” o Bitcoin seria acabar com a impressão de dinheiro — algo impossível diante da dependência global por políticas inflacionárias.
O Bitcoin nasceu como resposta à manipulação monetária
Criado em 2009, logo após o colapso financeiro de 2008, o Bitcoin surgiu como protesto contra a criação ilimitada de dinheiro. Na época, bancos centrais injetaram trilhões de dólares para evitar o colapso total.
Entre 2008 e 2020, o Federal Reserve expandiu sua base monetária em mais de 300%, imprimindo cerca de US$ 4,5 trilhões, elevando a inflação global e corroendo o poder de compra, principalmente em economias emergentes.
Satoshi Nakamoto registrou essa crítica no bloco gênese com a frase:
“The Times 03/Jan/2009 Chancellor on brink of second bailout for banks”
Um alerta permanente sobre a dependência dos governos em resgates e estímulos artificiais.
A força do Bitcoin cresce à medida que o dinheiro perde valor
Em 2025, o Bitcoin bateu novo recorde, superando US$ 125.000 e alcançando uma capitalização de mercado de US$ 2,45 trilhões.
Após o halving de 2024, a inflação de emissão do BTC caiu para 0,8%, tornando-o ainda mais escasso. Mais de 94% dos 21 milhões de bitcoins já foram minerados (EZ Blockchain).
Enquanto isso, o FMI projeta inflação global acima de 5% até o fim de 2025. No Brasil, o IPCA acumulado em 12 meses atingiu 5,13% em agosto, bem acima da meta oficial de 3%. Esse cenário reforça o Bitcoin como uma reserva de valor digital, especialmente em países com moedas desvalorizadas, como Argentina e Turquia.
A utopia da disciplina monetária: o único jeito de matar o Bitcoin
Para perder relevância, seria necessário um cenário improvável: bancos centrais deixarem de imprimir dinheiro, governos adotarem total transparência fiscal e políticos abrirem mão de manipular a moeda.
Economistas como Jeffrey Sachs destacam que os governos dependem da emissão de moeda para financiar déficits e manter estabilidade política.
A impressão de dinheiro funciona como um imposto invisível, corroendo salários e transferindo riqueza dos poupadores para o Estado. Além disso, mantém estabilidade política sem aumento imediato de impostos, tornando improvável qualquer mudança sistêmica.
Por que o Bitcoin é indestrutível
Matar o Bitcoin exigiria uma transformação global na política monetária — algo nunca visto. Enquanto governos dependem da emissão de dinheiro, o BTC seguirá como defesa contra inflação e controle estatal.