Recentemente, carteiras vinculadas ao esquema Ponzi da PlusToken, que estavam inativas há mais de três anos, começaram a mover grandes quantias de Ether.
Hundreds of wallets that have been dormant for 3.3 years are moving large amounts of $ETH, possibly 789,533 $ETH($2B)!
We noticed that hundreds of dormant addresses were transferring ETH.
Through on-chain tracking, we found that these funds came from the wallet "Plus Token… pic.twitter.com/QGKJknJEns
— Lookonchain (@lookonchain) August 7, 2024
A plataforma de análise blockchain Lookonchain identificou que essas carteiras, associadas ao esquema que defraudou investidores em bilhões de dólares, transferiram fundos consideráveis de Ether. ‘Percebemos que centenas de endereços inativos estavam transferindo ETH.’, disse Lookonchain.
Movimentação de fundos e repercussões no mercado
Na manhã de quarta-feira, 7 de agosto de 2024, fundos da carteira ‘PlusToken Ponzi 2’, que haviam sido apreendidos pelas autoridades chinesas em 2020, começaram a ser movimentados.
A carteira distribuiu 789.533 ETH, equivalentes a quase US$ 2 bilhões, que não haviam sido movimentados desde abril de 2021. Esses fundos estavam entre os ativos cripto apreendidos pela polícia chinesa durante a repressão ao esquema Ponzi da PlusToken.
O movimento de grandes quantidades de Ether causou uma queda imediata de aproximadamente 2% no preço do Ether, que caiu para US$ 2.474. Outras criptomoedas também experimentaram quedas semelhantes no mesmo período.
Histórico e impacto do caso PlusToken
O caso PlusToken foi inicialmente julgado em setembro de 2020 por um tribunal da cidade de Yancheng, na província de Jiangsu, na China. Os líderes do esquema Ponzi de criptomoedas defraudaram mais de 2 milhões de pessoas, acumulando mais de 50 bilhões de yuans (cerca de US$ 7,6 bilhões).
Entre abril de 2018 e junho de 2019, o esquema atraiu mais de 2,6 milhões de membros através de uma falsa plataforma de arbitragem de criptomoedas, prometendo altos retornos diários.
No total, 15 pessoas foram condenadas em conexão com o caso PlusToken, recebendo penas que variam de dois a onze anos de prisão e multas entre US$ 100.000 e US$ 1 milhão. Em novembro de 2020, foi determinado que as criptomoedas apreendidas seriam processadas de acordo com as leis e confiscadas para o tesouro nacional chinês.