- TVL dispara, mas preço da Solana segue pressionado.
- Desbloqueio de tokens ameaça suporte em US$ 120.
- Alta nos DEXs não impulsiona valor de mercado.
O preço da Solana está em cheque, apesar da SOL ter ultrapassado a marca de US$ 6,5 bilhões em valor total bloqueado (TVL), atingindo seu maior nível em 22 meses. No entanto, o entusiasmo com esse feito não contagiou o mercado. O preço do token SOL caiu 9% entre 28 de março e 4 de abril, e agora flerta com um ponto crítico: a marca dos US$ 120, que pode definir os próximos movimentos da criptomoeda.
O analista Ali Martinez foi direto: “US$ 120 é uma zona decisiva para Solana. Esse nível marcou mudanças importantes de tendência no passado.” E ele não está sozinho. Apesar dos números impressionantes da rede, o mercado ainda não comprou a ideia de uma nova alta no curto prazo.
De acordo com dados da DefiLlama, a Solana ultrapassou as redes BNB Chain e Tron em depósitos e volumes de negociação em DApps. Em abril, os depósitos saltaram 14% no mês, chegando a 53,8 milhões de SOL, o que representa uma liderança folgada sobre os concorrentes, atrás apenas do Ethereum.
Além disso, Solana domina 24% dos volumes de exchanges descentralizadas (DEXs), superando BNB Chain (12%) e Base (10%). Mesmo assim, o preço do token não acompanha o desempenho da rede. Solana continua sendo negociada abaixo de US$ 120, valor que muitos analistas apontam como suporte vital.

Desbloqueio pressiona cotação no preço da Solana
Um dos fatores que explicam o movimento de queda recente foi o desbloqueio de 1,79 milhão de tokens no dia 4 de abril. Esses ativos, que estavam bloqueados desde 2021, agora valem mais de US$ 200 milhões. Com isso, a pressão vendedora aumentou significativamente.
O movimento coincidiu com um esfriamento no mercado de memecoins, especialmente as baseadas em Solana. Tokens como WIF, PENGU, POPCAT e BOME acumularam perdas semanais acima de 20%. A queda do interesse especulativo afetou diretamente a movimentação da rede.
Apesar da escalabilidade e da popularidade crescente, a rede Solana voltou a ser criticada por práticas de MEV (valor máximo extraível). Segundo desenvolvedores, validadores estariam priorizando transações para obter lucros, favorecendo grandes operadores e prejudicando a descentralização.
“Mesmo com críticas, Solana segue mostrando força técnica. Seus principais DApps — Jupiter, Jito e Kamino — continuam atraindo usuários e movimentando liquidez. No entanto, o descolamento entre TVL e cotação preocupa analistas”, disse Mike Ermolaev, fundador da Outset PR.
O mercado aguarda agora o desfecho da batalha pelo nível de US$ 120. Se esse suporte se romper, o SOL pode mergulhar ainda mais. Por outro lado, se resistir, o token pode iniciar um novo ciclo de valorização, baseado nos fundamentos sólidos da rede.
Por enquanto, a Solana mostra robustez nos bastidores, mas precisa convencer o investidor de que sua força on-chain pode se traduzir em ganhos consistentes no mercado. Com grandes volumes travados, mas o preço em risco, o futuro de SOL será decidido nos próximos dias.