- Preço do Bitcoin pode romper US$ 90.000 se suporte técnico se mantiver.
- ETFs impulsionam alta, mas tensões geopolíticas podem afetar mercado.
- Trump e Fed influenciam Bitcoin, mercado aguarda próximos movimentos.
Na quinta-feira, o preço do Bitcoin (BTC) recuou para US$ 85.500, após um forte avanço de 5% no dia anterior. De acordo com o analista Manish Chhetri, a criptomoeda ainda pode ter margem para mais ganhos, caso mantenha sua posição acima da média móvel exponencial de 200 dias (EMA).
“Se o Bitcoin encontrar suporte e se recuperar a partir do nível da EMA de 200 dias, ele pode estender o rali e testar novamente o importante patamar psicológico de US$ 90.000”, afirmou Chhetri. O analista destaca que os indicadores técnicos, como o índice de força relativa (RSI) e o MACD, estão sugerindo um viés positivo para o ativo.
A movimentação do Bitcoin ocorre em um momento de expectativas elevadas no setor financeiro. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu publicamente uma redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve, argumentando que as tarifas comerciais já começam a impactar a economia. Além disso, Trump se tornou o primeiro presidente americano a discursar em um evento cripto, o Blockworks Digital Asset Summit 2025, o que trouxe otimismo ao mercado.
Outro fator que pode impulsionar o preço do Bitcoin é o aumento da demanda institucional. Segundo dados da Coinglass, os ETFs de Bitcoin nos EUA registraram três dias consecutivos de entradas líquidas, totalizando US$ 11,8 milhões na quarta-feira. Caso esse fluxo positivo continue, o ativo pode ganhar ainda mais fôlego.
Preço do Bitcoin enfrenta desafios

“O crescimento nos influxos de ETFs sinaliza uma redução da pressão vendedora e maior apetite dos investidores institucionais”, explica Chhetri. “Se essa tendência continuar, podemos ver o Bitcoin testando níveis mais altos em um curto período.”
Apesar do cenário otimista, Chhetri alerta para fatores de risco. A recente tensão entre Israel e Gaza pode aumentar a aversão ao risco no mercado. Além disso, o acordo entre Trump e Putin para interromper ataques à infraestrutura energética da Ucrânia trouxe algum alívio, mas a situação segue incerta.
No curto prazo, caso o Bitcoin não consiga se manter acima da EMA de 200 dias (US$ 85.540), Chhetri acredita que o ativo pode recuar para a próxima zona de suporte, em torno de US$ 78.258. Por outro lado, um rompimento acima de US$ 90.000 pode abrir caminho para novos recordes.
O mercado agora aguarda mais sinais, tanto do lado macroeconômico quanto do setor cripto, para definir o próximo movimento do Bitcoin