- Hayes prevê Bitcoin a US$110 mil antes de correção.
- ETFs e liquidez sugerem alta institucional no BTC.
- Indicadores técnicos reforçam tendência de alta no curto prazo.
O preço do Bitcoin superou os US$ 87 mil nesta segunda-feira (24) após uma recuperação de 4,25% na última semana. Entre os mais notáveis está Arthur Hayes, cofundador da plataforma de derivativos BitMEX, que fez uma previsão ousada. De acordo com ele, o Bitcoin pode atingir a marca de US$ 110 mil antes de uma possível correção para US$ 76.500.
“Estamos vendo uma confluência de fatores macroeconômicos que favorecem um rali mais forte no preço do BTC”, afirmou Hayes em uma publicação feita nesta segunda-feira na rede social X (antigo Twitter). “A postura mais branda do Federal Reserve sobre a inflação e a flexibilidade do presidente Donald Trump quanto às tarifas estão criando um ambiente mais favorável ao risco, o que tende a fortalecer a confiança dos investidores em ativos como o Bitcoin.”
A movimentação do mercado reforça essa perspectiva. Dados da Coinglass mostram que os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin à vista nos Estados Unidos registraram um fluxo líquido positivo de US$ 744,3 milhões na semana passada. Esse movimento ocorre após uma semana anterior marcada por saídas de US$ 830,5 milhões.
“Esse retorno do capital institucional é um sinal claro de que há uma retomada de interesse por parte de grandes investidores”, destaca Hayes.
Preço do Bitcoin pode continuar movimento de alta

Além disso, dados da plataforma CryptoQuant revelam que o volume de stablecoins disponíveis na corretora Binance ultrapassou os US$ 31 bilhões, atingindo um recorde histórico. Esse acúmulo de liquidez sugere que investidores estão prontos para entrar — ou reentrar — no mercado de criptoativos, o que costuma ser interpretado como um indicativo de alta.
Do ponto de vista técnico, o Bitcoin voltou a negociar acima da média móvel exponencial de 200 dias, atualmente em US$ 85.519. Caso consiga se manter acima desse nível, a criptomoeda pode mirar a próxima resistência psicológica nos US$ 90 mil. “Se houver um fechamento firme acima de US$ 90 mil, podemos ver uma extensão do rali até a máxima do dia 2 de março, que foi de US$ 95.269”, avalia Hayes.
O índice de força relativa (RSI), atualmente em 51, e o indicador MACD, que apontou um cruzamento de alta na semana passada, também sugerem um momento positivo para o ativo. Entretanto, o analista alerta: “Se o BTC não conseguir manter o suporte em US$ 85 mil, poderemos ver uma correção até US$ 78.258.”
Com os olhos voltados para o comportamento das políticas econômicas, Arthur Hayes reforça seu otimismo, mas sem deixar de lado a cautela.
“O caminho até os US$ 110 mil está aberto — mas o mercado cripto continua imprevisível.”