- Preço do Bitcoin acumula alta de 10% na semana, cotado a US$ 94 mil
- ETFs de BTC recebem maior fluxo desde dezembro de 2023
- Analista vê chance de correção antes de novo impulso
O preço do Bitcoin passou a sexta-feira (25) oscilando em torno de US$ 94 mil, após uma alta semanal de mais de 10%. De acordo com o analista financeiro Manish Chhetri, esse movimento reflete fortes entradas institucionais. Assim, criando um novo ambiente de otimismo com ativos de risco, impulsionado por mudanças políticas nos Estados Unidos.
“O preço do Bitcoin rompeu a média exponencial de 200 dias em US$ 85 mil e chegou a subir até US$ 93 mil, mas ainda não superou a resistência de US$ 95 mil”, afirmou Chhetri. Para ele, o movimento de consolidação atual pode levar a dois caminhos: uma nova alta até US$ 97 mil, ou uma correção até US$ 90 mil.
Segundo dados da SoSoValue, os ETFs de Bitcoin à vista nos EUA receberam US$ 2,68 bilhões (R$ 13,9 bilhões) em aportes até quinta-feira — o maior volume semanal desde dezembro de 2023. “Se os fluxos continuarem nesse ritmo, o BTC pode ganhar novo fôlego para retomar a tendência de alta”, explicou Chhetri.
A movimentação institucional também contou com a MicroStrategy, que adquiriu 6.556 BTC por US$ 555,8 milhões (R$ 2,9 bilhões), e a japonesa Metaplanet, que comprou 475 BTC na semana, totalizando 5 mil unidades em carteira.
Chhetri considera esse tipo de atividade como um sinal claro de confiança: “A compra por grandes empresas reduz a oferta circulante e reforça o sentimento positivo entre investidores”.
Fatores políticos reforçam sentimento de risco no preço do Bitcoin

A nomeação de Paul Atkins como novo presidente da SEC também favorece o setor. Conhecido por sua posição pró-cripto, Atkins substitui Gary Gensler, criticado por uma abordagem dura. “A postura de Atkins deve abrir caminho para uma regulação mais clara e menos punitiva”, avaliou Chhetri.
Além disso, a postura mais moderada do presidente Donald Trump sobre o Federal Reserve e as tarifas com a China ajudou a alimentar o otimismo. Com isso, o Bitcoin tem se destacado como um dos ativos de melhor desempenho no mês.
Para o curto prazo, Chhetri alerta sobre a força da resistência. “Se o BTC não romper os US$ 95 mil nos próximos dias, podemos ver uma realização até os US$ 90 mil. Assim, isso deve servir como suporte antes de nova tentativa de alta”.