O Bitcoin (BTC) está passando por um período de consolidação, com o preço oscilando entre US$ 62.000 e US$ 64.700 nos últimos seis dias. O criptoativo é negociado atualmente em torno de US$ 63.800, de acordo com a análise do especialista Aaryamann Shrivastava. Durante esse período, o mercado tem mostrado sinais de indecisão, com baleias adormecidas voltando a movimentar suas carteiras e investidores institucionais demonstrando interesse crescente.
Na última terça-feira, um dos destaques foi a movimentação de carteiras que estavam inativas por muitos anos. “Dados da Arkham mostram que uma carteira de Bitcoin, que não realizava transações desde 2011, transferiu 20 BTC para a exchange Bitstamp”, afirmou Shrivastava.
Essa transferência, no valor de US$ 1,27 milhão, sinaliza a reativação de baleias, termo utilizado para descrever grandes investidores que podem impactar significativamente o mercado ao movimentar grandes volumes de criptomoedas.
Outro dado relevante é que outra carteira, com US$ 77 milhões em BTC, também transferiu 5 BTC para a exchange Kraken. “Essa carteira vinha minerando desde 2009, um mês após o lançamento do Bitcoin, e já realizou três transações nas últimas três semanas, somando 10 BTC transferidos”, explicou o analista.
Esses movimentos têm o potencial de criar um clima de incerteza e medo (FUD) entre os investidores, já que a transferência de BTC para exchanges geralmente indica uma intenção de venda.
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Bitcoin
Ao mesmo tempo, o cenário macroeconômico também reflete sinais positivos. Dados da Lookonchain apontam que duas baleias acumularam US$ 219 milhões em Bitcoin na terça-feira. “Essas aquisições mostram confiança no ativo, especialmente quando baleias acumulam em momentos de consolidação de preços”, comentou Shrivastava.
Além disso, o fluxo institucional continua aumentando, com o ETF de Bitcoin dos EUA registrando uma entrada de US$ 136 milhões no mesmo dia.
“A entrada de capital institucional é um indicador positivo para o futuro do Bitcoin, já que grandes investidores estão se posicionando”, avaliou o especialista. Shrivastava destacou que o total de reservas de Bitcoin mantido pelos ETFs de Bitcoin dos EUA atingiu US$ 51,04 bilhões, o maior nível desde julho deste ano.
No entanto, apesar dos sinais otimistas, o mercado ainda requer cautela. A métrica de fluxo de exchanges da Santiment, que avalia a movimentação líquida de Bitcoin nas carteiras das exchanges, apresentou uma queda acentuada. “Isso significa que mais Bitcoin está sendo retirado das exchanges do que depositado, o que indica menos pressão de venda e maior confiança dos investidores”, explicou Shrivastava.
O analista acredita que o Bitcoin está se preparando para testar novos patamares de alta, com um alvo de US$ 70.000. “Se o preço romper a resistência de US$ 64.700, o próximo alvo será a resistência de US$ 65.379. Um fechamento diário acima desse nível pode impulsionar o Bitcoin para US$ 70.079, máxima registrada em julho”, previu.
Por outro lado, se o ativo romper o suporte de US$ 62.000, o Bitcoin pode cair cerca de 7% e buscar o nível de US$ 57.610, visto pela última vez em 17 de setembro. “O Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário está em 62 e, para que o Bitcoin continue subindo, o RSI precisa se aproximar do nível 70. Porém, se ultrapassar esse patamar, os traders devem ter cuidado, pois o ativo pode entrar em sobrecompra”, alertou Shrivastava.