O hard fork ocorre quando há uma mudança na rede tão distinta da anterior, que a mesclagem é impossível, surgindo, portanto, uma parte nova. É como se fosse um snapshot, onde você registra os dados da rede numa “foto” que será usado pela variante criada.
Porém o Fork não necessariamente ocorre dentro de um blockchain. O Fork Tecnológico, por exemplo, faz com que você comece do zero, mesmo quando tenha usado como base uma outra Blockchain. Usualmente, este tipo de prática sinaliza que um novo projeto surge, buscando resolver um novo problema. O Fork do Blockchain, portanto, tem um sentido mais voltado a atualização interna. Nessa divisão, entende-se que o Fork Tecnológico é voltado a inovação e o Fork da Blockchain é mais voltado para uma divisão da comunidade.
Os Forks podem acabar direcionando os usuários, forçadamente, para alguns projetos, por isso é muito importante ter cuidado. Como há uma “duplicação” do ativos, surge que o comportamento inicial dos agentes é realizar a venda, gerando uma pressão negativa no preço.
As ICO’s também tiveram sua notoriedade, onde seus lançamentos em exchanges tinham comportamentos padrões de alta no começo e baixa no final. Um exemplo recente é a LUNA, da Terraformlabs.
Voltando ao Hard Fork, recentemente temos a situação da Ethereum, que mudará seu consensus de proof-of-work para proof-of-stake, em sua atualização chamada Merge. Essa mudança tem como justificativa uma análise das demandas futuras, dado a escalabilidade esperada. Em uma justificativa mais generalizada referente ao Proof-of-stake, é a resolução do “51% Attack”, que teoricamente poderia colocar em risco toda uma blockchain baseado em proof-of-work.
As mudanças no sentido de resolver problemas reais é muito interessante, mas se o mercado não for rígido na escolha de seus campeões, projetos ruins podem ser confundidos com projetos bons e acabar por prejudicar o próprio mercado.
Isso e muito mais pode ser acompanhado no Debate Descentralizado que foi ao ar no dia 14/08/2022.
