O Bitcoin é uma moeda 100% digital, de gestão descentralizada e baixo índice inflacionário.
A sua produção é limitada, a sua inflação controlada, e o seu potencial de inclusão sócio-econômico é inquestionável.
Há pouco mais de 11 anos o Bitcoin trouxe a tecnologia blockchain ao mundo das finanças, e apresentou uma tecnologia disruptiva que veio mudar os conceitos de moeda, principalmente no contexto do que é fiduciário.
As moedas fiduciárias praticamente trazem lastro a algo que certamente não existe mais: a confiança no Governo.
Extremamente volátil, a confiança que o Governo nos traz é empírica, e isso faz com que as moedas fiduciárias de fato não possuam lastro, assim como tudo que é empírico.
A sua produção deveria ser mínima e a sua oferta e reservas deveriam ser escassas, mas desta forma os Governos não imporiam soberania à mentalidade fraquejada de um rebanho inteiro.
Imprimir dinheiro e amamentar a massa é a saída, e isso tem evaporado os conceitos básicos de economia saudável, juros controlados e inflação moderada.
Os EUA podem ter extirpado o lastro do dinheiro ao ouro, mas a economia por si só esfrega na cara do “fiduciarismo” o que a oferta faz com o valor das coisas.
Quanto maior a oferta de alguma coisa, menor será o quanto esta coisa vale. Isso é economia básica.
Com a moeda FIAT as coisas não poderiam ser diferentes. E como a tinta das impressoras dos Bancos Centrais nunca acaba, o valor do FIAT definha.
Desde a criação do Bitcoin todas as moedas do mundo perderam imenso valor diante dele.
Não há sequer uma moeda FIAT no mundo que não tenha perdido mais de 95% do seu valor diante da criptomoeda do Sr. Satoshi Nakamoto.
Nosso querido Naka (como já me referi em outras reportagens), fez algo tão descentralizado que até ele mesmo desapareceu.
Impecável raciocínio, extraordinária mentalidade e exímia atitude.
De fato o Bitcoin não tem pai, ou melhor: eu sou o pai do meu!
Fazendo uma comparação com algumas das principais moedas FIAT do mundo, temos dois opostos extremos.
As moedas FIAT nunca tiveram tanta oferta, e nunca valeram tão pouco. Já o número de Bitcoins no mercado cresce a passos de tartaruga, e seu valor a passos de Papa-Léguas.
Comparando o valor das moedas FIAT das principais economias mundias com o preço do Bitcoin nos últimos 5 anos, a desvalorização é imensa.
O Dólar americano, o Euro da Comunidade Europeia, o Yen japonês, o Yuan chinês, e os Dólares canadense e australiano, todos eles definharam em valor diante do Bitcoin.
De fato estas moedas brigam para saber quem se desvaloriza menos em relação ao principal criptoativo do mundo. Todas elas apresentam desvalorização acima de 97%.
Se assim estão as maiores e mais fundamentadas economias do mundo, imaginem as piores.
O continente africano cada dia mais busca as criptomoedas, tanto para fugir da inflação de suas moedas quanto como um meio de inclusão de políticas econômicas saudáveis.
Nestes países a desvalorização da moeda FIAT ultrapassa em média os 98%, conforme mostrado nos gráficos abaixo.
O Naira nigeriano, o Rand sul-africano, o Rial saudita, e o Afegane afegão são exemplos que mostram a desvalorização das moedas FIAT africanas diante do Bitcoin.
Pros lados de cá a “coisa” também anda alta. Entretanto, na América do Sul encontramos mais um dado significante.
Além das grandes perdas em relação ao Bitcoin, as moedas FIAT do continente sul americano estão atingindo os recordes históricos de preço da criptomoeda (ATH), algo que praticamente não observamos nos demais países.
Praticamente todas as moedas FIAT dos países registraram o topo do valor do Bitcoin na bull run de 2017, e ainda vêm mantendo um certo distanciamento desta marca.
Entretanto, o Brasil e a Argentina estão bem próximos do ATH (All Time High) do preço do Bitcoin.
Segundo a plataforma XE, ambos os países Brasil e Argentina quebraram recentemente o ATH do preço do Bitcoin.
Mas por exemplo no Brasil, a XE informa que o ATH do Bitcoin na bull run de 2017 foi de R$63.000 reais, sendo que na exchange Mercado Bitcoin este valor chegou bem próximo dos R$70.000 reais.
No mês de agosto deste ano o preço do Bitcoin chegou bem perto desta marca ao ficar dois centavos abaixo dos R$68.000 reais.
Desde então o preço do Bitcoin vem mantendo suas candles fechadas acima dos R$60.000 reais, e a quebra do topo histórico cada vez se torna uma questão de tempo; e de políticas econômicas fracassadas.
Falando nisso, vide a situação do Peso argentino, drásticos 99,74% de desvalorização perante o Bitcoin.
As demais moedas não ficam tão distantes. O Real brasileiro, o Bolívar venezuelano, os Pesos uruguaio e chinelo, e a moeda Boliviano, todas perderam muito valor diante do Bitcoin.
O responsável por isto não é o Bitcoin, mas ele é sim a solução para isto, e também é a solução para diversos outros problemas estruturais da economia.
Apenas a título de comparação com ativos não imprimíveis, as moedas FIAT também sofreram farta desvalorização diante do ouro, e consequentemente diante de diversas outras commodities.
De novo o Brasil é um dos mais afetados, tanto que nos últimos anos a moeda tupiniquim deu uma mexida na fauna econômica, extinguindo o beija-flor, e “clonando” lobos-guarás.
Não por menos o Real está dando vexame, e nada mais é que um dos piores ativos para investimento no ano.
Se tem algo que pode reverter tudo isso são os Governos queimarem dinheiro, literalmente! Mas sabemos que é exatamente o oposto o que está acontecendo.
Uma moeda precisa de lastro de confiança ou ela se perderá. Perderá o seu valor e a sua confiança diante da economia e da sociedade.
Ironicamente, a moeda FIAT possui lastro em algo que não possui nenhuma confiança. O fiduciário.