Há 11 anos atrás, no dia 31 de outubro de 2008, a entidade Satoshi Nakamoto, que até hoje se mantém em mistério, publicou o white paper denominado “Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer”. O documento de Nakamoto, entre outras coisas, propôs uma nova rede financeira, descentralizada, segura e transparente, que pudesse ser validada por qualquer um, quase que em tempo real.
Nakamoto almejava tornar desnecessário envolver terceiros, como bancos e instituições financeiras, em transações financeiras entre duas pessoas, uma ideia bastante disruptiva para um ambiente há muito dominado por grandes corporações.
Após 11 anos, o Bitcoin se tornou uma poderosa ferramenta para a manutenção e preservação dos direitos humanos, tendo ajudado diversas pessoas ao redor do globo.
A maior criptomoeda, hoje, é usada para financiar trabalhos sociais por todo o mundo, como é o caso do Bitcoin Venezuela, ONG que arrecada doações em BTC para ajudar a alimentar cerca de 1200 pessoas diariamente no país latino que enfrenta uma das maiores crises econômicas já registradas no mundo.
Ao longo desses 11 anos, a primeira criptomoeda também se tornou um modelo para que milhares de altcoins surgissem, embora muitos tenham apenas se beneficiado do hype das criptomoedas, altcoins sólidas foram cunhadas e hoje servem para atender diversos cenários.
A maior criptomoeda foi aceita por vários países, como Japão e Suíça, que já oferecem uma legislação positiva, inclusive tributando-as como moeda fiduciária, e também foram adotadas por diversas pessoas por todo o mundo como forma de salário, ajudando a diminuir a distância entre o empregador e o empregado.
Desde a primeira transação registrada envolvendo BTC, a moeda virtual já passou por altos e baixos, tendo registrado valores de negociação superiores a 20 mil dólares, e hoje sendo negociado a pouco mais de 9,2 mil dólares.
Outro número recente que chama a atenção é que cerca de 85% do total de Bitcoin já foram minerados, restando pouco mais de 3 milhões de novas moedas a serem mineradas.
Apesar do amadurecimento do ecossistema do Bitcoin ter mudado alguns pontos originais do whitepaper, ele se mantém como uma ótima escolha para todos que buscam uma vida descentralizada, e continua tendo o potencial de atender mais de 4 bilhões de pessoas que vivem sob regimes autoritários ou que simplesmente não tem acesso ao sistema bancário por inúmeros fatores. Vida longa ao Bitcoin.