Ontem, 12 de setembro, a Atlas Quantum informou que desligou 4 de seus 11 diretores. Os motivos ainda não foram claramente divulgados, porém a empresa vem encontrando dificuldades desde a proibição imposta pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de operar.
As demissões foram confirmadas pela Atlas Quantum em um comunicado enviado ao Cointelegraph.
“O Atlas Quantum informa que, devido ao momento de transição por que passa a empresa, confirma os desligamentos do Diretor Executivo de Marketing, Marcelo Melo, da Diretora Executiva de Compliance, Emília Campos, do Diretor de Vendas, Bruno Peroni, e do Diretor de Tecnologia, Rodolfo Marun. A empresa agradece o trabalho altamente conceituado dos quatro profissionais durante o período que atuaram no Atlas e lhes deseja ótima sorte.”
Crise na Atlas Quantum
A CVM vem operando em várias corretoras de criptomoedas por não terem registro com a reguladora. No Brasil, para que possa negociar qualquer tipo de contrato de investimento é obrigatório ter registro com a CVM.
Entretanto, não há nenhum marco regulatório em vigência no país que se refira exclusivamente aos criptoativos. Neste sentido, ainda ficam vagas as sanções impostas pela CVM.
As demissões na corretora vêm em um momento que os clientes tem reclamado do tempo que se entendeu para o pagamento de seus rendimentos, passado de 24 horas para até um mês.
Além dos problemas diretamente com os clientes, no dia 11 de setembro, houve uma reunião na Câmera para tratar do Projeto de Lei 2303/2015 (PL que regulamenta o setor), onde os deputados presente aprovaram o requerimento para abrir uma possível CPI (Comissão parlamentar de Inquérito) para apurar a situação das corretoras de investimento que estão atreladas a pirâmides financeiras.
Audiência Pública
O Deputado Aureo Ribeiro que é o autor da PL 2303/2015, no último dia 11 de setembro, pediu aos colegas parlamentares que votassem o requerimento para abertura de uma audiência pública para discutir a questão das pirâmides financeiras no Brasil. O requerimento foi aprovado, e ele poderá culminar em uma CPI.
Ele pediu que fossem convidados os representantes das empresas Investimento Bitcoin e Atlas Quantum, além de representantes dos órgãos reguladores da CVM, Ministério Público, Policia Federal e do Banco central do Brasil.