A Riot Blockchain, uma empresa listada na Nasdaq que anteriormente era conhecida como Bioptix, é o tema de uma auditoria na qual a “fraqueza material” foi descoberta em seus relatórios financeiros, de acordo com um registro da SEC nos EUA.
No final do ano de 2018, a Riot tinha uma caixa de US$ 225.000 contra quase US$ 42 milhões quando o preço do Bitcoin estava no auge. Enquanto isso, a operação de mineração de criptografia da empresa gerou aproximadamente US$ 7,7 milhões em receita na produção de 1.081 Bitcoins (incluindo o Bitcoin Cash convertido) e 3.023 Litecoins no ano.
Marcum, o auditor da empresa blockchain, alertou que a Riot não conseguiu manter os protocolos de relatórios financeiros adequados desde dezembro do ano passado.
Riot
Antes de mudar seu nome, a Riot atuava em biotecnologia. Em 2017, a empresa se reinventou com foco em Bitcoin e blockchain, incluindo uma operação de mineração de criptografia em Oklahoma City. Isso levou as ações da Riot a dispararem inicialmente.
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O relatório de auditoria negativa é um desastre para a empresa, que tem sido investigada pelos reguladores desde meses após a mudança de nome. A empresa afirma que está cooperando com a investigação da SEC. As ações da Riot perderam um terço de seu valor no ano passado.
Advertência de resultados desastrosos
O auditor teme que uma deficiência nos controles internos da Riot Blockchain para relatórios financeiros possa levar a problemas maiores.
As fraquezas que cortam o cerne do investimento criptográfico incluem: controles de acesso do usuário, controles de gerenciamento de mudança de programa para certos sistemas financeiramente relevantes e controles de segurança física – que envolvem a proteção de carteiras de hardware de criptomoeda, frases-semente, códigos PIN e equipamentos de mineração.
Peter Henning, Professor de Direito da Wayne State University, apresentou o pior cenário para a empresa, dizendo à CNBC:
“Eu acho que é uma preocupação que eles possam ser hackeados. Isso seria desastroso para uma empresa se houver roubo.”
Ele acrescentou que a auditoria adversa pode exacerbar a investigação em curso da SEC sobre a empresa.
A desordem do passado
Se as demonstrações financeiras da Riot são um reflexo da história administrativa da empresa, não é de admirar que elas estejam em desordem. Desde a mudança de nome, a Riot teve três CEOs diferentes, mais recentemente nomeando Jeff McGonegal ao leme.
Em setembro de 2018, o presidente e CEO da empresa, John O’Rourke, renunciou devido a acusações de manipulação de mercado pela SEC, de acordo com relatórios. Essas acusações contra O’Rourke não teriam relação com a Riot Blockchain. A empresa então nomeou Chris Ensey como CEO interino como parte de uma reestruturação mais ampla, desde então ele deixou a Riot.
A Riot planeja lançar a RiotX, uma exchange de criptografia baseada nos EUA, até o final do segundo trimestre de 2019.