A Bakkt, uma plataforma de criptomoedas introduzida com grande pompa em 2018 pelo proprietário da Bolsa de Valores de Nova York, alertou na quarta-feira (07) que pode não conseguir manter suas operações.
De acordo com um comunicado enviado pela empresa à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a Bakkt pode “falir” em 12 meses se não receber financiamento adicional.
“Podemos não conseguir continuar como uma empresa em funcionamento”, disse a empresa. “Não acreditamos que nosso caixa e caixa restrito sejam suficientes para financiar nossas operações pelos 12 meses seguintes à data deste documento.”
Bakkt alerta que pode não conseguir se manter
A Bakkt informou ainda que está buscando vender até US$ 150 milhões em títulos, segundo um porta-voz da Bakkt. A venda, se der certo, pode amenizar esse problema e talvez evitar o fechamento da empresa. No documento à SEC, a Bakkt ressaltou o “ambiente em rápida evolução” relacionado às criptomoedas:
“Há uma incerteza significativa associada à nossa expansão para novos mercados e ao crescimento da nossa base de receitas, dado o ambiente em rápida evolução associado aos ativos cripto”, disse a empresa.
A responsável pela criação da Bakkt foi a Intercontinental Exchange, que possui grandes bolsas de derivativos e a NYSE. Seu objetivo inicial era ajudar os clientes da Starbucks a comprar café com Bitcoin (BTC). Além disso, a futura senadora dos EUA, Kelly Loeffler, foi a primeira CEO da empresa.
Na época do lançamento, apresentaram a Bakkt como a entidade que levaria o Bitcoin às grandes empresas, permitindo-lhes comprar criptomoedas de uma forma que o conselho de investidores aprovaria.
Em 2021, a Bakkt lançou uma carteira digital, mas o projeto foi descontinuado em fevereiro do ano passado. Agora, a Bakkt está focada em serviços de custódia e negociação de criptomoedas.
A Bakkt abriu seu capital em 2021. Mas agora, com o anúncio de uma possível falência, o preço das ações fechou quarta-feira em US$ 1,45, abaixo dos mais de US$ 40 em 2021.