Representantes de vários Bancos Centrais se reuniram em Kiev, na Ucrânia para discutirem seus projetos de CBDC na última semana. A reunião organizada pelo Banco Nacional da Ucrânia (NBU) teve como objetivo a troca de ideias e estimular a discussão sobre as CBDCs.
O NBU foi pioneiro em realizar testes piloto com sua CBDCs, o e-hryvnia, ainda em 2018. Naquela época, o BC ucraniano testou seu token em uma cópia modificada da blockchain Stellar. Os testes foram realizados com a startup AtticLab, as fintech Uapay e OMP 2013 entre outras empresas.
Contudo, os testes mostraram que “não há vantagens fundamentais” no uso de DLT para o desenvolvimento de um sistema centralizado de emissão do e-hryvnia. No entanto, o NBU não descarta um modelo “descentralizado” alternativo, no qual vários processadores de pagamento confiáveis emitam e-hryvnia.
O ceticismo sobre a necessidade de DLT para a emissão de CBDCs foi compartilhado pelos representantes dos Bancos Centrais do Canadá e Holanda. Para Harro Boven, consultor de políticas do BC holandês, “a essência da tecnologia DLT é que nenhuma parte deve ser confiável o suficiente, mas não confiamos apenas em um Banco Central para manter a integridade do livro-razão global?”.
Corroborando com esta ideia, Scott Hendry, diretor sênior do Bank of Canada afirmou que “não parece haver muitos benefícios se você olhar para um sistema DLT e o atual sistema centralizado eficiente com o único objetivo de pagamentos interbancários”, completando que “você não precisa de um DLT para fazer uma moeda digital do Banco Central”.