- Bessent alerta: tarifas podem voltar aos níveis de abril
- Trump pressiona Walmart a absorver tarifas e evitar aumento
- Parcerias comerciais enfrentam pressão para evitar tarifas elevadas
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em entrevista no domingo, alertou que as tarifas podem retornar aos patamares de 2 de abril caso os parceiros comerciais não firmem acordos com os EUA durante a pausa de 90 dias.
“O presidente Trump os avisou que, se vocês não negociarem de boa-fé, retornarão ao nível dia 2 de abril“, afirmou Bessent à CNN.
Pressão por acordos comerciais
Bessent destacou que os Estados Unidos estão focados em consolidar acordos com 18 parceiros comerciais importantes. Ele não especificou com que rapidez as tarifas poderiam voltar a ser taxas “recíprocas“, mas enfatizou a importância de negociações de boa-fé.
O secretário mencionou que países que não demonstrarem sinceridade nas negociações receberão cartas informando sobre a retomada das tarifas nos níveis anteriores. “Isso significa que eles não estão negociando de boa-fé. Eles receberão uma carta dizendo: ‘Esta é a tarifa‘. Portanto, eu esperaria que todos viessem e negociassem de boa-fé“, disse Bessent ao programa “Meet the Press” da NBC News.
Impacto nos consumidores e empresas
O alerta de Bessent ocorre após o Walmart indicar que o aumento dos custos com tarifas poderia levar a preços mais altos para os consumidores já neste mês. Além disso, o presidente Trump criticou a varejista, afirmando que ela deveria “aceitar as tarifas” em vez de repassar os custos aos clientes.
Bessent afirmou que o Walmart absorverá parte das tarifas para minimizar o impacto nos consumidores. Ele também minimizou o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s, atribuindo a decisão aos gastos da administração anterior e expressando confiança nas políticas fiscais republicanas.
Porém, com o prazo de 90 dias se aproximando, os parceiros comerciais dos EUA enfrentam pressão para concluir acordos e evitar o retorno das tarifas elevadas. A postura firme do governo Donald Trump nas negociações comerciais sinaliza uma estratégia agressiva para proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos.