O Bitcoin fechou o ano sendo a commodity com o melhor desempenho, segundo relatório da Reuters, apesar de não aparecer na maioria das listas de finalização do mercado. Apresentando um crescimento anual de 90%, o Bitcoin superou com folga commodities tradicionais, como o Palladium, que aumentou 57%, o petróleo americano, 35,8% e o níquel, 34%.
Em relação a 2018, a volatilidade da maior criptomoeda caiu, ajudando a atrair investidores institucionais para o mercado. De fato, conforme relatado pela Skew Trading, a volatilidade do Bitcoin em 150 dias de 2019 registraram variações negativas ou positivas inferiores a 1%.
Além disso, a volatilidade da criptomoeda apresentou queda acentuada no primeiro semestre do ano, voltando a subir no início de julho, espelhando o gráfico de volatilidade do ouro. Isso tornou o Bitcoin, assim como o ouro, um investimento seguro contra a crescente incerteza econômica global, que a guerra comercial travada entre China e Estados Unidos, e a iminente saída do Reino Unido da União Européia, trazem aos investidores.
Outra métrica em que o Bitcoin superou as commodities tradicionais foi o retorno ajustado ao risco, que apesar de ter diminuído ao longo dos últimos seis meses deste ano, uma alta na taxa de hash registrada em 23 de dezembro, pode indicar que a criptomoeda melhore essa métrica a curto prazo.
Ainda sobre a taxa de hash, no último dia do ano, o Bitcoin registrou uma taxa de hash protegendo sua blockchain sete vezes maior em relação às altas históricas de 2017, quando a moeda chegou a valer 20 mil dólares. Na época, a taxa de hash era de 14,6 EH/s enquanto o Bitcoin chegava a sua maior alta já registrada, já no final de 2019, a rede já registra 95 EH/s.
Recentemente, um relatório da Bank of America elencou o Bitcoin como o investimento mais rentável da década, superando outras commodities, como ouro e petróleo. Trazendo o Bitcoin para o cenário de empresas, a maior criptomoeda superou com folga os principais unicórnios do mercado, como Netflix, Amazon e Apple.