Após o recente halving do Bitcoin (BTC) na última sexta-feira, 19, a criptomoeda atingiu uma posição inédita em relação ao ouro, especialmente quando se trata de sua inflação. De acordo com dados fornecidos pela empresa de pesquisa de mercado 21st Capital, o BTC agora demonstra uma vantagem significativa sobre o ouro em termos de inflação.
Com o halving, a taxa anual de inflação do Bitcoin caiu para 0,8%. Essa diminuição coloca a criptomoeda em uma posição favorável em comparação com o ouro, cuja taxa de inflação anual tem se mantido em torno de 1,4% ao longo da última década. Essa é a primeira vez que o Bitcoin registra uma inflação menor que a do ouro, marcando um marco significativo para a criptomoeda.
A 21st Capital enfatizou que esse novo desenvolvimento coloca o Bitcoin como um “dinheiro mais sólido” em comparação com o ouro, o que o torna uma opção de investimento mais atrativa. A empresa ressalta que a inflação do ouro tende a aumentar conforme seu preço sobe, enquanto o Bitcoin, historicamente, experimenta uma redução na emissão após cada halving, automaticamente.
Bitcoin
É importante destacar que a emissão de ouro tem aumentado ao longo dos anos, com a produção anual passando de 1.300 toneladas para mais de 3.600 toneladas em um período de 60 anos. Esse aumento na produção contrasta com o Bitcoin, cuja emissão está programada para ser reduzida gradualmente até atingir o limite máximo de 21 milhões de unidades, previsto para o ano de 2140.
Esta mudança na dinâmica entre Bitcoin e ouro ocorre em um momento em que o ouro atinge preços históricos em torno de US$ 2.300. Enquanto isso, o Bitcoin está atualmente cotado cerca de 10% abaixo de sua máxima histórica de US$ 73.700, registrada há cerca de um mês. Este novo cenário pode impactar significativamente as perspectivas de investimento em ambas as classes de ativos, criando uma oportunidade para os investidores reavaliarem suas estratégias de alocação de ativos.