Em meio ao surto de coronavírus que levou ao caos o mercado financeiro global, inclusive levando o Bitcoin a ser negociado a menos de US$ 5 mil, diversas especulações têm surgido para explicar as possíveis causas que levaram ao crash do Bitcoin na última semana.
As interrupções em diversas exchanges em meio às altas liquidações de Bitcoin na última semana podem ter sido catalisadoras para a recente queda. A BitMEX liderou a queda no valor da criptomoeda, chegando a registrar um mínimo de US$ 3,6 mil antes da bolsa interromper suas negociações.
Vale lembrar que a BitMEX permite aos seus usuários oferecerem empréstimos contra seus depósitos em uma proporção que pode chegar a 100: 1. Assim, os traders têm a oportunidade de multiplicar seus ganhos, assim como possíveis perdas.
Desta forma, na exchange usuário podem realizar os chamados negócios de alavancagem. Desta forma, o Bitcoin estaria suscetível a correções extremas em períodos crise financeira. Como apontou Geoff Watts, cientista sênior de dados da Digital Assets Data, “estamos vendo muitas negociações alavancadas nos mercados de criptomoeda e essa alavancagem pode levar a correções extremas durante períodos de alta volatilidade”.
Além disso, a Deribit, uma exchange menor sediada na Holanda, também sofreu interrupções durante o crash do Bitcoin na última semana. Coincidentemente, ela sofreu uma queda durante a altas liquidações e outra após o início da recuperação do Bitcoin.
De fato, no ano passado, Changpeng Zhao, CEO da Binance, maior exchange por volume negociado, alertou que o valor do Bitcoin poderia estar sendo manipulado. Na época, CZ afirmou que as operações alavancadas poderiam estar inflando o valor da criptomoeda.