O economista chefe do Banco Nacional da Suíça, Carlos Lenz, disse que a blockchain não é adequada para as moedas digitais dos Bancos Centrais, também conhecidas como CBDCs.
Isto porque o economista acha que o modelo descentralizado das blockchains não são adequados para as moedas controladas pelo Estado.
De fato, tal afirmação pode ser considerada de certa forma obsoleta uma vez que se o Banco Central ou governo detiver todos os nós de uma blockchain, esta passa a ser centralizada.
Uma blockchain apenas pode ser considerada descentralizada quando os nós são distribuídos para todo e qualquer participante de uma rede de forma autônoma e anônima.
Lenz acredita que existam outras tecnologias que podem substituir a blockchain no caso de uma moeda digital centralizada.
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Se pegarmos o Brasil como exemplo, para uso interno o PIX seria um modelo de transação de moeda FIAT entre bancos, demais instituições financeiras, comércio e pessoas; e este não utiliza tecnologia blockchain para prover trocas financeiras no país.
Entretanto, todos os países deveriam desenvolver uma nova tecnologia única entre si para poderem transacionar diferentes moedas, algo que já está implementado dentro das blockchains.
Lenz afirmou que “ao criar um Franco digital, você pode criar um sistema com contas diretas no Banco Nacional. Não direi que esta é a melhor opção, mas é a mais simples”.
Também disse que “no momento o Banco Central da Suíça não tem planos de realmente desenvolver o Franco digital, já que o sistema de pagamento existente está funcionando bem”.
Esta fala é um pouco estranha uma vez que a própria Suíça lançou junto com a França o Projeto Jura, que testará uma moeda digital para pagamentos entre os países.
A blockchain é uma evolução da internet, e no mundo totalmente digital da atualidade, ficar de fora desta tecnologia é no mínimo ficar parado no tempo.