De acordo com uma análise publicada, ontem (10), pela TokenInsight, a China está gradualmente perdendo seu domínio sobre o setor de mineração de Bitcoin. A empresa de análise cripto, usou dados do Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge para chegar às conclusões.
De acordo com os dados usados, o uso de energia elétrica pelos mineradores de Bitcoin na China caiu de 75,63% em setembro de 2019 para 65,08% no final de abril de 2020. Vale lembrar que, recentemente, a China proibiu mineração de criptomoedas em Sichuan, uma das principais províncias para o setor. De fato, Sichuan é amplamente conhecida pela sua produção hidrelétrica e baixas temperaturas, atraindo diversos investidores do setor.
Contudo, durante o mesmo período observado, os dados mostram que o consumo de eletricidade dos mineradores de Bitcoin nos EUA aumentou. Passando de 4,06% em setembro passado para 7,24% no final de abril deste ano. Outro país que mostrou um significativo crescimento foi o Cazaquistão. A taxa de hash total produzida no país saltou de 1,42% em setembro, para 6,17% no começo de maio.
Johnson Xu, analista-chefe do TokenInsight, afirmou que o domínio da China sobre a indústria de mineração de Bitcoin continuará a cair. Para o analista, as principais causas que levaram a esta queda são as flutuações de preço do ativo, bem como o terceiro halving do Bitcoin. “Uma maior proporção de mineradoras na China fechou suas plataformas em comparação com o resto do mundo”, disse ele.
Além disso, o analista explicou que a redução na recompensa por bloco minerado teve um impacto profundo para o setor na China. “O cenário da mineração na China não está estruturado”, disse Xu, completando que isso limita “as oportunidades de acesso ao capital”.