De acordo com dados do Btc.com, apenas duas entidades controlam mais de 52% do hashrate do Bitcoin. A unidade de medida serve para mensurar o total de poder de computação usado para manter a rede Bitcoin em execução e segura.
Segundo o dados, três pools de mineração, F2Pool, AntPool e o BTC.Com, controlam juntos 52% do hashrate total do Bitcoin. Contudo, vale ressaltar que o AntPool e o BTC.com fazem parte de uma mesma empresa, a Bitmain.
Apesar do F2Pool ser atualmente o maior pool de mineração único da rede BTC, o seu hashrate é consideravelmente menor do que a taxa combinada dos pools controlados pela Bitmain.
Embora o coeficiente de Nakamoto, medida usada para averiguar a descentralização da rede Bitcoin, esteja em apenas dois, não há motivos para se preocupar. O coeficiente de Nakamoto consiste no número de entidades que controlam mais da metade da taxa de hash do Bitcoin, neste caso F2Pool e Bitmain.
De acordo com Karim Helmy, analista de dados da Coinmetrics, “o coeficiente de Nakamoto não é uma métrica perfeita e faz com que o Bitcoin pareça significativamente mais centralizado do que é”.
“Enquanto nenhuma entidade desonesta controlar mais da metade do poder de hash do Bitcoin, a rede estará segura”, disse ele. De fato, para realizar um ataque de 51% à rede Bitcoin, seria necessário gastar cerca de US$ 21 milhões por dia. Além disso, isso significaria o fim de todo o investimento realizado pelos mineradores que participem do ataque.
Helmy disse: “Os mineradores individuais, que enfrentam grandes despesas iniciais em capital, como hardware, estão desincentivados de atacar a rede. Esses mineiros provavelmente abandonariam um pool operado com códigos maliciosos”.