Após a polêmica retrógrada novamente instalada sobre a mineração do Bitcoin e das criptomoedas de tecnologia proof of work (PoW), alguns personagens da estória resolveram se organizar.
O assunto foi trazido à tona novamente com a atitude da Tesla de não mais apoiar a venda de produtos com Bitcoin devido aos supostos problemas causados ao meio ambiente.
Após Elon Musk, CEO da Tesla, anunciar a medida o mercado cripto infantilmente sentiu o baque e iniciou um processo mais forte de retração.
A mineração das criptomoedas na China também recebeu notícias de embargos, além de outras proibições, e o mercado cripto ruiu de vez.
Dias depois de se tornar o inimigo número 1 dos bitcoiners, Musk anunciou que estava promovendo a criação de um Conselho com os mineradores americanos para discutirem as problemáticas da prática da mineração do Bitcoin e das criptomoedas.
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Apoiado por Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, por representantes de outras empresas cripto, e pelos mineradores norte-americanos, foi criado o Bitcoin Mining Council.
Em uma reunião que ocorreu no último final de semana representantes das empresas Argo Blockchain, Blockcap, Core Scientific, Galaxy Digital, Hive Blockchain, Hut8, Marathon e Riot Blockchain se juntaram aos representantes dos mineradores e formalizaram o Conselho.
O grupo está se reunindo para padronizar a contabilidade de energia da mineração, atingir as metas da indústria, e discutir questões ambientais e sociais, além do desenvolvimento do mercado cripto.
O Conselho almeja promover energia sustentável e mais transparência na indústria das criptomoedas.
Um dos co-fundadores do Conselho, Peter Wall, CEO da Argo Blockchain, disse em uma publicação que o grupo não quer mudar o Bitcoin.
De acordo com Wall, o Conselho não está descriminando qualquer tipo de criptoativo, seja ele de “energia limpa ou suja”.
O propósito do Conselho não estará restrito em discutir medidas ecológicas, e não vai discutir o protocolo do Bitcoin, seus fundamentos técnicos, sua fungibilidade, seu código ou qualquer outra coisa neste sentido.
De acordo com Wall, o motivo é simples e vai de encontro a “todos amarem o Bitcoin como ele é, como um sistema descentralizado sem governança”.
Por isso fundamentos das criptomoedas não serão discutidos, mas sim, a poluição e o meio ambiente.
Diante do ocorrido algumas outras pessoas envolvidas com os criptoativos manifestaram serem contra a formalização de um Conselho fechado para discutir a problemática.
Este tipo de argumento está sendo rebatido pelos organizadores do Conselho que afirmam que “o grupo não está fechado para novos integrantes”.
Wall foi um dos que afirmaram que “trata-se de um problema internacional para o Bitcoin e precisa ser tratado internacionalmente”.
De acordo com declarações de participantes do Conselho, “um grupo é uma forma de se reunir e discutir questões atuais”, pois são todos mineradores “independentes e descentralizados que formaram um grupo de voluntários para influenciar a indústria e uns aos outros”.
A polêmica sobre a poluição causada pelo Bitcoin já é discutida há muito tempo e já há diversos empreendimentos sendo realizados no setor para dirimir tais questões.
Os Governos norte americano, russo, chinês, e coreano, entre outros, já manifestaram querer regulamentar de forma mais incisiva a mineração de criptomoedas exatamente devido ao grande consumo de energia e suposta poluição causada.
Assim sendo, um grupo de pessoas ou instituições pró-cripto, com participantes de peso, discutindo estas questões ambientais para que isso não seja feito apenas por entidades reguladoras parece ser bastante cabível e mais ideal para o prospecto sadio do mercado cripto.