- Coreia exige liquidação imediata de doações em criptomoedas.
- Novas regras miram fraudes e moedas sem liquidez.
- Analistas preveem mercado mais seguro e transparente.
A Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul (FSC) anunciou uma reformulação nas regras do setor de criptomoedas. As novas normas entram em vigor em junho de 2025 e atingem diretamente corretoras, investidores e ONGs que atuam com ativos digitais.
A medida surge após anos de pressão pública por mais segurança no mercado. A Coreia quer proteger o investidor comum e combater a manipulação de mercado.
Doações devem ser liquidadas rapidamente
A regulamentação permitirá que organizações sem fins lucrativos aceitem e vendam legalmente criptomoedas, mas com uma condição clara: elas devem converter as doações em moeda fiduciária imediatamente.
O governo afirma que essa exigência previne desvios e lavagem de dinheiro, comuns em sistemas onde ativos digitais ficam retidos por muito tempo.
Além disso, a nova norma obriga exchanges a seguirem critérios rígidos de listagem. Criptomoedas sem liquidez ou com baixo volume de circulação no mercado doméstico, especialmente as não negociadas contra o won coreano, enfrentarão remoção ou bloqueio. Segundo um porta-voz da FSC, “isso garante um ecossistema com ativos sólidos e menos suscetíveis a esquemas de pump-and-dump“.
Analistas veem impacto positivo a longo prazo
O setor de criptomoedas recebeu a notícia com reações mistas. Para analistas locais, as regras dificultam a especulação, mas fortalecem a credibilidade das moedas listadas. Um especialista afirmou: “Essas mudanças aumentarão a integridade do mercado e forçarão mecanismos mais robustos contra fraudes”.
Com os novos critérios, investidores institucionais devem se sentir mais confiantes, estimulando a entrada de capital estrangeiro. A expectativa é que outros países asiáticos acompanhem o movimento, reforçando padrões internacionais de compliance em criptomoedas.
A Coreia do Sul dá mais um passo firme rumo à maturidade do setor. A legislação busca equilíbrio entre inovação e segurança sem sufocar o mercado, mas exigindo responsabilidade de quem nele opera.