A digitalização tem se expandido rapidamente a todos os setores da sociedade e consigo tem aumentado o número de ataques cibernéticos.
Com a pandemia, o número de usuários e acessos aos meios digitais “explodiu”, assim como o número de ataques cibernéticos, também.
Conforme estudo mostrado pela empresa de segurança digital Fortinet, o Brasil sofreu mais de 1,6 bilhão de ataques cibernéticos apenas no primeiro trimestre de 2020.
Na América Latina o número de tentativas de ataque cibernético no mesmo período foi de 9,7 bilhões.
Na semana passada uma possível ação em conjunto de criminosos resultou em 3 dias de ataques a sistemas de diversos Órgãos e Instituições federais brasileiras.
No mais problemático deles, o Superior Tribunal de Justiça perdeu dados, paralisou processos e cancelou prazos para julgamentos.
Tempos atrás hackers do grupo DoppelPaymer também invadiram os sistemas de informação de Instituições da cidade norte americana de Torrance.
Já na semana passada, em outro ataque orquestrado hackers invadiram os sistemas de diversas empresas israelenses que tiveram suas redes de computadores comprometidas e infectadas com o vírus ransomware Pay2Key.
Assim como também, um dos mais importantes desenvolvedores de games do mundo, a japonesa Capcom, foi atacada pelo ransomware Ragnar Locker.
Na página da dark web do Ragnar Locker os criminosos postaram um arquivo da empresa para comprovar o hack, e estão exigindo US$ 11 milhões de dólares em Bitcoin para entregar as chaves de descriptografia dos arquivos.
Em agosto a empresa americana de turismo CWT, pagou um resgate no valor de 414 Bitcoins aos operadores deste mesmo vírus, o Ragnar Locker.
Pelo jeito não há nicho que não deva se proteger de ataques, e no início de novembro hackers se infiltraram nas redes do fabricante italiano de bebidas alcoólicas Campari.
O preço para devolver 2 TeraBytes de dados à Campari é de US$15 milhões de dólares em Bitcoins.
Este ano nada menos que YouTube, Amazon, e até a página eleitoral do candidato à presidência Donald Trump também sofreram com ataques de cibercriminosos.
Mundo Cripto
Esta semana a empresa de cibersegurança Kaspersky comunicou a existência de um malware produzido no Brasil que visa fintechs, corretoras de valores, e exchanges de criptomoedas.
Por vazamento de informações em ataque à base de dados da Ledger, este mês usuários da hard wallet sofreram ataques phishing que resultaram no furto de mais de 1,15 milhão de criptomoedas XRP.
Recentemente, hackers atacaram o protocolo Harvest Finance furtando US$ 25 milhões de dólares em ativos criptográficos.
O protocolo da criptomoeda Tron (TRX) foi atacado durante uma atualização na manhã do dia 2 de novembro, mas seus desenvolvedores eliminaram a falha de vulnerabilidade e restauraram a rede.
Durante este ano de 2020 o protocolo de empréstimo descentralizado bZx foi hackeado três vezes, totalizando US$9 milhões de dólares de prejuízos em criptoativos.
Quem também sofreu 3 ataques este ano foi o protocolo do Ethereum Classic. Neste caso, foram ataques de 51% à rede.
Agora no dia 08 de novembro a Grin Network foi outra que sofreu um ataque de 51%, conforme anunciado pela 2Miners.
De acordo com a Reuters, em outubro o setor DeFi teve um aumento de 30% de perdas com roubos e ataques hackers comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo o site DeFi Pulse, mais de US$12 bilhões em fundos foram perdidos em protocolos DeFi devido à vulnerabilidade destes protocolos, que surgiram aos montes sem controles de segurança.
A Problemática
Conforme podemos ver, o número de ataques cibernético é grande, e a variedade e diversidade dos ataques, também.
Aparentemente quem tiver um sistema obsoleto de segurança facilmente poderá ser atacado a qualquer momento, uma vez que grandes empresas e instituições têm se mostrado frágeis a ataques cibernéticos.
Além das perda das empresas e de usuários com os ataques, outra problemática é que em quase todos eles a tecnologia blockchain ou as criptomoedas foram envolvidas no meio.
Muitos dos novos virus e malewares estão sendo criados em blockchains, o que tem dificultado a identificação dos cibercriminosos.
E isto dá mais abertura para Governos se contraporem a esta nova tecnologia, ou afasta investidores e prejudica o meio como um todo.
A problemática é séria, e tem se mostrado crescente.
Para isto, cada vez mais as empresas de segurança digital devem criar novas e mais robustas camadas de segurança para a rede de internet como um todo.