Ontem (23), durante uma longa negociação com a PGR, Eike Batista resolveu delatar um grande esquema de manipulação do mercado financeiro. O empresário, que já chegou a ser o sétimo homem mais rico do mundo, contou sobre operações que fazia com JP Morgan, Goldman Sachs, BTG Pactual, ItaúBBA, Morgan Stanley e Credit Suisse.
Durante a delação, Eike detalhou como realizava as operações que chegaram a movimentar US$ 1 bilhão. O empresário afirmou comandar operação financeira conhecida no mercado por P-notes, comprando e vendendo no exterior ações de suas próprias empresas sem se identificar.
Eike afirmou ter se aproveitado de informações internas e privilegiadas para fraudar e manipular o mercado. Além disso, o empresário também teria se aproveitando de outras irregularidades proporcionadas por diretores das instituições financeiras supracitadas.
O fundador do grupo EBX informou que essas operações irregulares teriam sido executadas por um longo período. Segundo Batista, ele teria se aproveitado delas enquanto esteve em seu auge financeiro – ao possuir a sétima maior fortuna do mundo segundo a Forbes, tanto quando nos anos da queda de seu império.
Contudo, Eike não citou nenhum nome dos presidentes dos bancos com quem realizou as operações irregulares. O empresário entregou nomes de diretores das instituições que participaram das atividades criminosas. Porém, esta delação pode levar a investigações que cheguem a grandes nomes desse bancos.
Enquanto isso, presidente da FEBRAN critica o Bitcoin e outras criptomoedas
Enquanto um dos maiores esquemas de fraude bancárias é escancarado para todo o mundo, Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira de Bancos, critica o Bitcoin.
Para Portugal, “as criptomoedas não cumprem nenhuma das funções clássicas da moeda”.
“Na verdade elas são chamadas moedas mas não são moedas, por isso que é criptomoeda. Elas não cumprem nenhuma das funções clássicas da moeda, que é servir de uma unidade conta, onde as pessoas possam expressar preços. Não cumprem a função de meio de pagamento nem de ser uma reserva de valor porque a volatilidade é muito grande”, afirmou o presidente durante uma palestra na Fundação FHC.
Contudo, o real problema do Bitcoin e das criptomoedas para Portugal é o fato de não poderem ser controladas como a moeda tradicional é. O real poder da criptomoeda é promover a independência de bancos e instituições que lucram através das economias de terceiros.
Mesmo sendo regulados e fiscalizados, os bancos sempre foram os maiores agentes de fraudes em todo o mundo. Pois, para que se mover grandes quantias, é necessário, mesmo que de forma mínima, a interferência das instituições bancárias.
Desta forma, fica claro o motivo para tantas críticas às criptomoedas por parte dos banco. O Bitcoin tira o poder financeiro de uma instituição e o devolve ao indivíduo.