Um grupo de pesquisadores desenvolveram uma nova tecnologia batizada de “DNA das Coisas” (DoT), que entre outras aplicações, pode ser usada para guardar senhas e outras informações privadas em objetos do cotidiano.
Segundo o estudo intitulado “uma arquitetura de armazenamento de DNA das Coisas pode criar materiais com memória incorporada”, “as moléculas de DNA registram os dados e essas moléculas são encapsuladas em esferas de sílica nanométricas, que são fundidas em vários materiais usados para imprimir ou moldar objetos de qualquer forma.”
Conceitualmente, o projeto usa um algoritmo e a base do DNA, os oligos, que são adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T), para criar um sistema binários, convertendo as moléculas em zeros e uns para armazenar informações, como senhas de cold wallet de Bitcoin, por exemplo.
Essas moléculas que contém informações criptografadas são encapsuladas em esferas microscópicas, e então são aplicadas em um filamento que será usado como material para impressão 3D. Os pesquisadores observam que os dados podem ser extraídos corretamente do objeto mesmo com uma queda de 80% dos oligos.
O DNA das Coisas pode fazer com que qualquer objeto, por mais trivial que seja, se torne um armazenador de dados confidenciais. Para um infrator que deseja obter as informações sequenciadas no DNA do objeto, primeiro teria que identificar o objeto e, após isso, para extrair tais informações, ele precisaria usar a mesma tecnologia e protocolos usados na codificação.
Hoje, o processo é relativamente caro. Somente a produção da sequência de DNA pode custar mais de 2,5 mil dólares. A tecnologia pode ser um divisor de águas no debate sobre criptomoedas, privacidade e segurança. Com o avanço da tecnologia, ela poderá ser tornar mais barata fazendo com que o usuário de Bitcoin possa estar vestindo suas credenciais de forma segura em pouco tempo.