Em 2024, as empresas de criptomoedas desembolsaram impressionantes US$ 19 bilhões em acordos com reguladores dos Estados Unidos. Esse valor corresponde a quase dois terços de todas as liquidações realizadas desde 2019, refletindo um aumento de 78% em relação ao ano anterior.
Recorde histórico de acordos com reguladores
A Commodity Futures Trading Commission (CFTC) e a Securities and Exchange Commission (SEC) foram os órgãos que mais arrecadaram, sendo o colapso da exchange FTX e a falência da Alameda Research responsáveis pela maior parte das indenizações, com um total de US$ 12,7 bilhões pagos em um único acordo.
Essa quantia extraordinária supera em muito os US$ 10,87 bilhões pagos em 2023, e marca um salto de 8.327% em comparação com 2022. Nos últimos dois anos, o número de acordos entre empresas de criptomoedas e os reguladores americanos disparou, superando todos os anos anteriores combinados. Esse aumento reflete o impacto de colapsos financeiros no setor, como os da Celsius e Terraform Labs.
Principais responsáveis pelos valores bilionários
As principais figuras envolvidas nesses acordos incluem grandes nomes da indústria cripto. Além da FTX, a Terraform Labs foi outra que contribuiu significativamente, pagando US$ 4,47 bilhões à SEC devido ao colapso da stablecoin algorítmica TerraUSD (UST) em 2022. Outro acordo relevante foi o da Genesis, que pagou US$ 2 bilhões em agosto de 2024 para resolver questões com o Gabinete do Procurador-Geral.
A tendência é que, com o aumento da pressão regulatória, mais acordos ocorram até o final de 2024. Reguladores dos EUA continuam intensificando seu escrutínio sobre o setor de criptomoedas, e essa onda de processos e acordos judiciais não parece desacelerar. A Binance, por exemplo, pagou um dos maiores acordos do setor ainda em operação, totalizando bilhões de dólares em penalidades.
Esses valores expressivos reforçam a necessidade de maior conformidade e atenção às regulamentações por parte das empresas de criptomoedas que operam no mercado global.