O sistema financeiro está sendo praticamente refeito dentro de blockchains.
Em um curto espaço de tempo um sistema descentralizado de finanças implementou novas utilidades ao ecossistema das blockchains, e vem cada vez mais fornecendo opções de negócios com criptomoedas.
Os protocolos DeFi apresentaram ao mundo a agricultura de rendimento (Yield Farming) e a mineração de liquidez (Liquidity Mining), e vem desenvolvendo uma outra forma de investimento chamada de Flash Loans (Empréstimos Instantâneos).
No mundo em que vivemos uma pessoa pode pedir um empréstimo financeiro a algum parente ou conhecido sem provar que possui meios de pagar depois.
Também poderá solicitar empréstimo a uma Instituição financeira e esta vai averiguar as suas supostas condições de pagar posteriormente, podendo ou não ceder o empréstimo ou restringir o seu valor.
Nestes dois exemplos a pessoa que pede o empréstimo não precisa dar garantias que possui condições de devolver o valor emprestado depois; apenas deve fazê-lo.
Por outro lado existem aqueles casos aos quais o solicitante precisa deixar alguma garantia ao credor, pois no caso da falta do acerto do empréstimo esta garantia servirá como pagamento.
Entretanto, nos três casos citados acima, caso o solicitante do empréstimo seja um inadimplente ele dará um pouco de trabalho para o credor receber seus direitos, podendo levar meses ou até anos na justiça dependendo do caso.
É aqui que entra os empréstimos instantâneos dentro dos protocolos DeFi.
Neles, o credor não precisa de nenhuma informação ou levantamento de patrimônio do solicitante do empréstimo. Precisa apenas de um contrato inteligente dentro da rede Ethereum.
A coisa funciona assim: O credor disponibiliza seus Tokens ao solicitante e um contrato inteligente é criado.
Quando o solicitante realizar qualquer transação com estes Tokens emprestados, automaticamente o contrato inteligente será encerrado e o valor retornará ao credor.
Caso o solicitante não realize qualquer transação o contrato espirará rapidamente e o valor emprestado também retornará ao credor.
Em ambos os casos uma comissão será paga ao credor que emprestou os seus criptoativos ao protocolo DeFi de empréstimo instantâneo.
Cabe salientar que o único motivo para se fazer um empréstimo instantâneo é a obtenção de lucro.
Em qualquer outro tipo de empréstimo o solicitante pode fazer o que quiser com o dinheiro, mas neste caso, não, pois os contratos possuem prazo de validade curtíssimo.
Normalmente os Flash Loans são usados em processos de arbitragem, que é um tipo de negócio onde usa-se a diferença de preços entre o mesmo ativo em exchanges diferentes.
Às vezes esta diferença de preço pode ser significante ao ponto de um investidor comprar criptomoedas em uma exchange e vender em outra e obter lucro com isso.
Antigamente este tipo de investimento era mais rentável, pois a diferença de preços de dois ativos em exchanges distintas poderia ser grande.
Atualmente, isto ocorre mais com criptomoedas que possuem baixa liquidez, ou em exchanges que possuem baixos volumes de negociação.
Assim como também, normalmente neste tipo de empréstimo os volumes financeiros aplicados costumam ser mais altos, devido a relativa baixa porcentagem de lucro ou volatilidade dentro de um curto período de tempo.
Além do mais, não podemos desconsiderar as taxas de transação e as taxas de juro deste tipo de investimento, o que o torna ainda mais arriscado.
A possibilidade de empréstimos rápidos também já despertou o interesse de criminosos que já utilizaram protocolos como o Fulcrum, da bZx para fazer ataques à rede enganando o sistema e tirando grandes vantagens com isto.
Pela ótica atual, os empréstimos instantâneos não são muito usuais e trazem grandes riscos, além de também serem passíveis de criminosos que podem lesar determinada rede de Flash Loans.
Atualmente, os principais protocolos DeFi que oferecem empréstimos instantâneos em sua plataforma são o Aave, o Maker e o Compound.
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