Desde 2018, mineradores de criptomoedas na Malásia roubaram aproximadamente US$ 723 milhões em eletricidade. As autoridades locais estão intensificando seus esforços para combater essas atividades ilegais, que têm se tornado um problema crescente no país.
Os ladrões de eletricidade geralmente evitam se registrar nas autoridades competentes e encontram maneiras de contornar medidores de eletricidade ou desviar eletricidade das linhas de energia.
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Escala do roubo e impacto
O roubo de eletricidade pelos mineradores de criptomoedas na Malásia ocorreu ao longo de seis anos, entre 2018 e 2023. Durante esse período, os mineradores usaram métodos para evitar a detecção, como a operação sem medidores de eletricidade.
Akmal Nasrullah Mohd Nasir, vice-ministro de transição energética e transformação da água da Malásia, afirmou que combater o roubo de eletricidade é uma prioridade alta para o ministério de energia.
Kerajaan heboh nak laksanakan agenda peralihan tenaga sebab nak tambah sumber tenaga yang baru.
Tapi dalam masa yang sama kecurian elektrik sampai ratusan juta, ada tahun mencecah berbilion ringgit setahun berlaku di negara kita.
Ironi sungguh. pic.twitter.com/ZkWz7eIWrn
— Akmal Nasir (@akmalnasir) July 10, 2024
‘O roubo de eletricidade por aqueles que mineram criptomoedas ocorre porque eles acreditam que essa atividade não pode ser detectada devido à ausência de medidores em suas instalações. No entanto, as empresas de fornecimento de energia têm vários métodos para detectar consumo de energia incomum em uma área’, disse ele.
A ação reforça o compromisso das autoridades em reprimir atividades ilegais de mineração que impactam a infraestrutura energética do país.
Resposta e medidas das autoridades
A prioridade do governo da Malásia é combater o roubo de eletricidade e promover a geração de energia verde e renovável. Desde que a China baniu todas as atividades de mineração de criptomoedas em 2021, muitos mineradores se mudaram para países do Sudeste Asiático, incluindo a Malásia, devido aos preços competitivos da eletricidade, mão de obra qualificada e infraestrutura existente.
A Cambridge University revelou que, em janeiro de 2022, a Malásia representava cerca de 2,5% do hashrate global de mineração de Bitcoin, colocando o país entre os dez maiores produtores de Bitcoin do mundo. A mudança de mineradores para a Malásia aumentou a pressão sobre a rede elétrica do país, exacerbando os problemas relacionados ao roubo de eletricidade.