De acordo com um memorando obtido com exclusividade pelo Buzzfeed News, a Administração de Repressão às Drogas agora pode realizar “vigilâncias secretas”. O memorando, que foi sancionado pelo Departamento de Justiça dos EUA, permite que o órgão conduza investigações secretas contra manifestantes e “compartilhem informações” com outras agências policiais.
A morte criminosa de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, por um policial branco de Minnesota provocou ondas de protestos por todo o país. Embora a maioria dos protestos tenha ocorrido de forma pacífica, alguns ficaram marcados pela violência.
Contudo, como os “crimes federais cometidos na sequência da morte de Floyd não são relacionados à drogas, a capacidade do DEA de ajudar nossos colegas é limitada”, escreveu o órgão de combate às drogas. Assim, o Departamento de Justiça concedeu mais poderes para o departamento, dando duas semanas para que fossem as realizadas investigações.
As novas atribuições do DEA foi criticada por muitos. Hugh Handeyside, advogado sênior da ACLU, disse ao Buzzfeed News que esse “tipo de monitoramento e compartilhamento de informações pode muito bem constituir uma investigação injustificada de pessoas que exercem seus direitos constitucionais de buscar justiça. O poder executivo continua avançando na direção errada”.
Donald Trump assumiu uma postura contra as manifestações, afirmando inclusive que incluiria os grupos antifa na lista de organizações terroristas. Além disso, o presidente norte-americano afirmou que os manifestantes que compõem o grupo seriam “caçados” pelas autoridades.