Segundo Alicia Bañuelos, ministra da Ciência e Tecnologia da Argentina, o governo do país sul-americano teve um grande datacenter invadido. Em uma entrevista à Agência de Notícias de San Luis, o principal veículo digital de notícias do governo, Bañuelos afirmou que o hacker conseguiu bloquear 10 anos de arquivos do governo.
O ataque que supostamente ocorreu em 25 de novembro, teve como alvo o datacenter do governo, que após ser invadido teve todo seus os 7,7 TB criptografados. Bañuelos, entretanto, informou que boa parte dos arquivos já foi recuperada, cerca de 90%, e que o governo continua trabalhando para recuperar os demais arquivos, mas que isso pode levar pelo menos 15 dias.
Assim como em muitos ataques hacker, os invasores exigiram um resgate em Bitcoin para que os arquivos fossem devolvidos. Em entrevista, Bañuelos não confirmou o valor exato exigido de resgate, mas alguns relatórios afirmam que os hackers exigiram de 5 a 50 BTC, cerca de 37 mil e 370 mil dólares.
Apesar dos hackers geralmente terem como alvos entidades do setor privado, não é incomum que eles ataquem empresas, indivíduos ou entidades governamentais a fim de conseguirem lucrar. Por exemplo, recentemente, um grupo identificado como “Shadow Kill Hackers” invadiu o site da Cidade de Joanesburgo, na África do Sul, e exigiu uma quantia de 40 BTC, ou 300 mil dólares, para que não levassem a enorme quantidade de dados obtidos a público.
Outro grande ataque hacker que ficou famoso foi o ransomware WannaCry, que atingiu diversos computadores no mundo todo. O programa malicioso, aparentemente sem alvos específicos, infectou diversas máquinas, criptografando todos os dados do usuários e, novamente, exigindo pagamentos em BTC como forma de resgate. O WannaCry se tornou um dos mais destrutivos ataques da história.
