- Investidor foi enganado duas vezes em três horas em um golpe, perdendo um total de US$ 2,6 milhões em stablecoins
- O ataque, que ocorreu em um intervalo de apenas três horas, destaca como técnicas sofisticadas de fraude continuam ameaçando usuários
- O golpe com transferência de valor zero consiste em um método engenhoso que engana usuários por meio da manipulação do histórico de transações
Um investidor do setor de criptomoedas perdeu US$ 2,6 milhões em stablecoins após cair em dois golpes de phishing com transferências de valor zero. O ataque, que ocorreu em um intervalo de apenas três horas, destaca como técnicas sofisticadas de fraude continuam ameaçando usuários. Além disso, o caso serve como um alerta para a comunidade cripto sobre a importância de adotar práticas de segurança mais rigorosas.
Golpe utiliza histórico de transações para enganar vítimas
O golpe com transferência de valor zero consiste em um método engenhoso que engana usuários por meio da manipulação do histórico de transações. Em primeiro lugar, os golpistas realizam uma transação de valor zero, originada da carteira da vítima, para um endereço falso. Como a transação não exige assinatura privada, ela é registrada na blockchain como se fosse legítima.
🚨ALERT🚨Our system has detected~2.6M $USDT loss from a targeted address poisoning scam involving zero-value transfers. A single victim was repeatedly scammed by the same attacker address.
First, the victim lost 843K $USDT.
⏳ About 3 hours later, the same victim sent 1.75M… pic.twitter.com/WWVlrZvavK
— 🚨 Cyvers Alerts 🚨 (@CyversAlerts) May 26, 2025
Posteriormente, o endereço falso aparece no histórico da vítima, o que transmite uma falsa sensação de segurança. Por confiar nesse registro, o usuário acaba transferindo fundos reais para o endereço fraudulento. No caso mais recente, o investidor enviou inicialmente US$ 843 mil em Tether (USDT). Depois disso, foram transferidos mais US$ 1,75 milhão para o mesmo destino, totalizando os US$ 2,6 milhões em perdas.
Portanto, o ataque se aproveita da confiança excessiva nos dados exibidos pelas carteiras. Embora muitos usuários considerem os registros de transação como confiáveis, eles nem sempre refletem a realidade.
Ameaças crescem e medidas de proteção se tornam urgentes
Entre julho de 2022 e junho de 2024, pesquisadores detectaram mais de 270 milhões de tentativas de envenenamento de endereços nas blockchains Ethereum e BNB Chain. Como consequência, as perdas ultrapassaram US$ 83 milhões. Diante desse cenário, torna-se evidente a necessidade de implementar mecanismos de defesa mais eficazes.
Para enfrentar o problema, empresas especializadas já desenvolvem soluções com inteligência artificial. Essas ferramentas, por sua vez, conseguem identificar padrões suspeitos e emitir alertas antes que uma transação ocorra. Além disso, carteiras com recursos avançados de verificação reduzem consideravelmente a vulnerabilidade do usuário.
Contudo, medidas técnicas não substituem o conhecimento prático. Por isso, especialistas recomendam cuidados básicos, como evitar copiar endereços do histórico, conferir manualmente cada transação e usar plataformas confiáveis. Afinal, o fator humano continua sendo a maior fragilidade da segurança digital. Dessa forma, a combinação entre tecnologia e educação pode mitigar significativamente os riscos associados ao uso de criptomoedas.